Esta semana o parlamento
americano mudou a história, pela sua influência e pelo título de “país protestante”,
ao oficializar, em forma de lei, a liberação do casamento homoafetivo. Aos
militantes da causa ou simpatizantes dela, foi uma grande vitória, haja visto o
papel que a não norte-americana representa no mundo como um todo. Como nação “protestante”,
também marcou uma grande vitória dos militantes e simpatizantes, pois alegam
que os cristãos daquela pátria já enxergam com bons olhos “as várias formas do
amor”. Outros países, inclusive o Brasil, vibrou com essa decisão que abre
precedentes legais, ideológicos e, porque não dizer, religiosos para tal feito.
Mas, diante das questões jurídicas, ideológicas e até religiosas, o que nos diz
a bíblia? E os que são contrários, por que o são?
Embora os EUA e
outras nações passem a legalizar essa prática, isso não muda a visão de Deus
sobre essa situação. Deus não muda seus princípios por conveniência ou pela
modernidade, como a humanidade o faz. Bíblicamente, a questão da prática do
homossexualismo é pecado, esteja ela transvestida da “livre forma do amor” ou
como for. Quando Israel saiu do Egito, Deus lhe concedeu diversas leis que
deveriam ser observadas para marcar, categoricamente a diferença entre Israel e
as demais nações, sob tudo o Egito, maior potência da época, e lugar, também,
de luxúria e depravações como rituais culticos. O livro de Levítico, que apresentam
as cerimônias e práticas que santificavam o israelita para apresentar-se ao
SENHOR, exige do homem a santidade. E como forma de viver e evidenciar a
santidade está o cuidado com as relações sexuais abomináveis. Dentre elas, Lv
18.22 afirma categoricamente que a homossexualidade é abominável aos olhos do
Senhor. E essa visão não mudou com o passar dos anos. Nosso Deus é imutável (Ml
3.6; Tg 1.17)!
Aos que certamente
diriam que essa proibição é cultural, arcaica e que não se aplica a nós, pois
pertence à “velha” aliança, cujo valor fora substituído em Cristo, vale nos
lembrar de que no Novo testamento, a bíblia também trabalha essa questão.
Paulo, em Rm 1.18-27, Deixa claro que Deus, revelando sua ira dos céus aos
homens por transformarem sua Verdade em mentira e por se entregarem à idolatria,
entregou os homens a si mesmos, permitindo que satisfaçam seus desejos carnais
em relações homoafetivas, aguardando a destruição de seus corpos por isso. O
que temos visto, em nossos dias, não é liberdade e aprovação divina, mas sim
juízo sendo derramado sobre a terra. Não há o que comemorar.
Em 1Co 6.9-10, Paulo
traz uma lista em que deixa claro que os sodomitas e efeminados também não
entrarão no reino de Deus. De modo que, sob nenhuma hipótese, Deus salvará os
que praticam a homossexualidade.
Estão, definitivamente, condenados por Deus e não pela Igreja. Ainda que esta
se perca e passe a aceitar tais práticas, Deus continuará sendo contrário e
exigindo do homem a santidade em suas relações. Deus nunca mudará seu ponto de
vista nem em nome do “amor” e não perdoará o homem por isso.
Por outro lado,
aqueles que são contrários a essa legitimação precisam entender bem o “porquê”
de serem contrários. A grande maioria é contra apenas por uma questão preconceituosa
e discriminativa. O preconceito, em todas as suas formas e por todos os motivos
possíveis, também é pecado e não deixará de sê-lo por estar, também,
transvestido de piedade. Jesus, enquanto caminhou sob a terra, advertiu
severamente os fariseus pois estes eram piedosos no que convinha e condenava os
demais. A sociedade eclesiástica precisa
abandonar a hipocrisia. Embora em Lv 18.22 Deus proíba a prática do
homossexualismo, lá também estão proibidas as relações heteroafetivas durante a
menstruação (19), o adultério, que já passou a ser quase que cultuado pela
mídia e visto como algo normal entre “crentes” também (20), a dedicação dos
filhos aos deuses desta era, bem como sua educação religiosa terceirizada ou a
profanação do nome do Senhor por meio de práticas condenáveis por Ele (21). A
zoofilia também é condenada (23). Os versos 24 e 25 deixam claro o modo como
Deus lida com todas essas coisas. Já em 1Co 6.9-10, não são apenas esses que
ficarão fora do reino. Os que mantiverem as práticas sexuais ilícitas, os idólatras,
ou que cultuam ao dinheiro e os murmuradores também não herdam o Reino. Se
formos contrários às práticas, sejam a todas as condenáveis por Deus e não
apenas aquelas que aguçam nosso preconceito. Não podemos condenar um erro e
aprovar os demais. O Senhor, nosso Deus, exige santidade que é a separação
total de toda forma ou aparência de mal (1Ts 5.22).
Como Igreja do Senhor precisamos zelar pela santidade. Não basta atacar os erros alheios e deixar de lutar contra os próprios pecados. O Deus da Bíblia manda o homem tirar a trave do seu próprio olho antes de tirar o argueiro do seu irmão (Mt 7.4-5). Isso não significa dizer q estamos todos errados e vamos ficar passivos nessa situação. Isso significa dizer que precisamos lutar contra os nossos erros antes de - e não "ao invés de" - lutar e condenar os erros alheios. Condenar o próximo esquecendo de condenar os seus próprios erros é hipocrisia. Seja santo, viva em santidade e, então, lute pela santidade nesse mundo.