Um
dos desenhos de maior sucesso há alguns anos, tanto nos Estados Unidos como
aqui no Brasil e em muitos outros países é o que retrata o cotidiano da família
Simpson. No ar há 25 temporadas, faz sucesso com pessoas de todas as idades por
demonstrar as aventuras dessa família típica e comum, de classe média dos
Estados Unidos. Seu criador, Mathew Groening satiriza de forma peculiar as
experiências dos americanos nos enredos dessa família. Mas uma dessas sátiras,
dentre tantas outras, saltam-nos à vista, considerando o fato de que retrata a
forma como ele, o autor dos desenhos, enxerga a religiosidade dos americanos e
exprime de maneira evidente através de seus personagens principais que compõe a
família Simpson: Homer J. Simpson, Marge Simpson, Bartholomeu “Bart” Simpson,
Lisa Simpson e Mag Simpson.
Dentre
tantas coisas que são demonstradas por meio das personagens, quanto à vida
religiosa, encontra-se o fato de que nenhum deles leva a vida religiosa a sério
e não praticam os preceitos ensinados por meio da bíblia pelo reverendo da
igreja de Springfield. Mas em alguns momentos, diante da igreja, se comportam
como exímios e autênticos Cristãos que não deixam de cumprir com os ensinos
transmitidos. Em alguns casos, o cinismo entre eles é tamanho que eles mesmos
se admiram com o comportamento de alguns deles, na igreja, quando diante dos irmãos.
Principalmente o comportamento de Homer que, ao longo dos anos, demonstra uma
aversão clara a religião.
A
grande questão é que este comportamento retratado por Groening não é tipicamente
norte-americano, tão pouco está longe de nós. Muitas vezes, assim como os Simpsons,
nos apresentamos diante da igreja com comportamentos dignos de ser elogiados e
copiados. A questão é que Deus conhece completamente a nossa vida e sabe da
inteireza e da sinceridade de nossos corações.
Não
é de hoje que o povo de Deus apresenta-se perante Ele de maneira que,
externamente falando, poderia até impressionar quem está olhando. Houve
momentos na história da igreja em que os serviços públicos oferecidos eram
muito mais por uma questão de status, do que por integralidade de coração. J.
C. Ryle, falando sobre a religiosidade mecânica e fria na Inglaterra na década
de 1870, nos diz:
Vivemos
numa época em que há grande quantidade de adoração religiosa pública. A maioria
das pessoas – particularmente na Inglaterra – que tem respeito pelas aparências
vão a alguma igreja no domingo. Frequentar um lugar de adoração tem se tornado
comum. Mas todos sabemos que quantidade sem qualidade tem pouco valor.[1]
Deus,
entretanto, conhecendo o coração do Seu povo, sabe dos motivos que nos levam a
nos apresentarmos diante dele. Por essa razão, Deus classificou o culto
oferecido por Israel, nos dias do Profeta Malaquias, como sendo um culto
hipócrita (Ml 1.6-14), envolvido em tantos ritualismos, mas vazios de
significados e de conteúdos. Infelizmente, o comportamento de muitos cristão
tem sido como os descritos pelos Simpsons. Mas estes, infelizmente, não se
apercebem ainda da gravidade que representa oferecer um serviço tão vil ao
Senhor, Criador do Universo.
A
mensagem proclamada por Malaquias era forte em seus dias, dado a gravidade das
acusações feitas pelo próprio Deus ao Seu povo. A mensagem que deve ser
proclamada nas igrejas atuais, por meio de Malaquias tem igual peso, por
cometerem iguais atos. Assim como nos dias de Malaquias, o povo do Senhor,
eleito e amado por Ele, redimido e resgatado pela cruz de Cristo e regenerado
por meio da ação do Espírito Santo, deve comparecer perante o tribunal de Deus
para reavaliar a qualidade do serviço prestado ao Senhor, bem como para que
possam ouvir o que Deus pensa a respeito de Si mesmo e do Seu culto.
[1]
RYLE, J. C. ADORAÇÃO: PRIORIDADE,
PRINCÍPIOS E PRÁTICA. São José dos Campos: Editora Fiel, 2010. Pp. 7
Nenhum comentário:
Postar um comentário