Natanael, nome hebraico que significa “Deus
deu”, também chamado na lista dos doze apóstolos como “Bartolomeu”, cujo
significado é “filho de Tolmai” ou “Filho de Tomeu”, é um dos doze discípulos
escolhidos por Jesus. Porém, encontramos poucas informações sobre ele, além da
menção nas listas discipulares. Cada um dos evangelhos sinóticos[3] e o livro de Atos o
menciona uma única vez, excetuando-se João, que o apresenta em duas ocasiões
diferentes e isso é tudo o que sabemos a seu respeito.
João nos diz que Natanael era conhecido de
Filipe. Seja por questões comerciais, sociais ou religiosas, eles já se
conheciam suficientemente bem para que Filipe fosse até ele para avisar de que
já havia conhecido o Senhor, o Messias, aquele de quem Moisés e os profetas
falaram.
As duas únicas menções, fora a lista dos
doze, feitas a respeito de Natanael estão em Jo 1.43-51 (seu chamado) e em Jo
21.1-14 (quando, a semelhança de Pedro, este decide voltar a pescar depois da
ressurreição de Jesus). Com base nestes textos, sabemos que Natanael era da
região de Caná, da Galiléia, vila próxima de Nazaré, onde Jesus efetuara seu
primeiro milagre (Jo 2.1-11), três dias depois deles terem ido segui-lo.
Como mencionado no texto anterior, Filipe foi
quem levou Natanael à presença de Jesus dizendo ser este o Messias. Isso
demonstra a intensidade da amizade deles. Por esta causa, os seus nomes
aparecem listados em sequência em todos os relatos da lista de discípulos de
Cristo. De acordo com MacArthur, as tradições mais antigas da história da
Igreja dão conta de que eles eram amigos inseparáveis seja antes, durante ou
depois da efetivação histórica do ministério de Jesus[4].
Apesar dos poucos registros a respeito de
Natanael, tanto o registro de seu chamado, como o registro de sua decisão por
ir pescar após a ressurreição de Jesus, nos dão muitas informações sobre sua
personalidade. E é com base nessas informações que estudaremos esse apóstolo.
1 – SEU AMOR PELAS ESCRITURAS
Quando Filipe se dirige a Natanael e lhe fala
sobre Jesus, percebemos o apreço especial que tais homens nutriam pelo
evangelho. Não podemos nos esquecer que a Bíblia, como a temos hoje, ainda
estava em formação. Portanto, o referencial bíblico que tais homens possuíam
era o AT em todas as suas páginas. É evidente que Cristo está presente, seja
por promessas, seja por simbolismo, em todas às páginas do AT[5], e isso era de
conhecimento deles que estudavam o Antigo Testamento. Provavelmente este tenha
sido o motivo pelo qual se dirigiram ao deserto, quando Jesus chamou Filipe.
Estavam lá para aprenderem aos pés de João Batista quando este clamava no
deserto falando sobre o Messias.
Interessantemente, as palavras de Filipe a
Natanael foram bem diferentes dos pregadores modernos. Ele não disse ter
encontrado alguém que poderia mudar sua vida e seu status social. Ele não disse
ter encontrado alguém que iria pôr fim aos problemas pessoais de Bartolomeu.
Tudo o que lhe foi dito, e que lhe tocou profundamente o coração, foi: “achamos o Cristo. Ele é Jesus, nazareno,
filho de José”. Bastou lhe dizer que aquele homem de quem Filipe falava
era, na verdade, o cumprimento das profecias para que este, ao final desse
episódio, reconhecesse: “és o Filho de
Deus, tu és o Rei de Israel!” (Jo 1.49).
O coração de Natanael já estava preparado.
Seus olhos já estavam procurando. Seus ouvidos estavam ouvindo a voz de Deus
ecoando pelas Escrituras. Não havia mais a menor possibilidade dele enganar-se.
Ao contrário, ao ouvir as palavras de Jesus e verdadeiramente reconhecer o
mesmo que Filipe havia lhe dito, seu coração é inundado pela certeza de que
aquele por quem ansiava, a consolação de Israel, o salvador do povo de seus
pecados, estava diante de seus olhos. Seu amor e apego o fizeram ver o que
ainda muitos não viam e não testemunhavam.
2 – SEU PRECONCEITO
Há um intervalo entre o que Filipe diz a
Natanael sobre a pessoa de Jesus e o reconhecimento dele sobre o testemunho de
Filipe. Esse intervalo consiste nas palavras dele, perguntando: de Nazaré pode sair alguma coisa boa?
Interessantemente, Natanael não estava equivocado quanto a desconfiar que não
poderia ser de Nazaré que viesse o Messias, haja visto que o profeta Miqueias
diz que o salvador vem de Belém da Judéia[6] (Mq 5.2). Mas suas
palavras vieram embebidas em preconceito social contra a vila de Nazaré.
A Galiléia, de forma alguma, era uma região
nobre. Por essa razão os fariseus questionavam-se sempre sobre a posição que os
discípulos delegavam a Jesus. Era inadmissível que o “rei dos judeus” viesse de
um lugar tão pobre e sem honra quanto este. Na região da Galiléia, ficava
Nazaré. Nazaré era uma vila simples e cortês, cuja localização era privilegiada
pelas estradas que cruzavam-na. As rotas norte e sul passavam por dentro da
cidade de modo que os viajantes dessa estrada eram obrigados a passar por
dentro de Nazaré. Era o único privilégio que esta vila tinha. Já Caná, era
ainda mais simples e desprezível. Não havia nada nela de importância. Sua
localização era fora de qualquer local importante, de modo que só iam à Caná
quem de fato estivesse 1) perdido ou 2) indo mesmo para lá. Natanael era de
Caná e, motivado por rixas sociais, olhou com desdém para a informação dada por
Filipe.
O preconceito era um problema grave naqueles
dias. Não apenas Natanael num brevíssimo momento, mas muitos dos judeus da
época recusaram a reconhecer Jesus como quem era pelo local de sua vivência.
Afora isso, Jesus era “filho” dum carpinteiro. Por este motivo, Jesus fora
zombado certa vez (Lc 4.22). O preconceito social e religioso impediu que as
pessoas vissem e ouvissem a Jesus, filho de Deus.
Gloriosamente, Deus escolhe as coisas mais
fracas e loucas para manifestar a sua glória. Escolheu Belém para o nascimento
de Jesus, Nazaré para ser seu local de crescimento, José para dar-lhe um
“nome”, e Natanael para ser seu discípulo. Aqui vemos como Deus é gracioso e grandioso
e não escolhe pessoas por suas aptidões naturais ou rapidez e agilidade para a
fé. Deus escolhe as pessoas simples para servi-Lo para que “a excelência do poder seja de Deus e não de
nós” (2Co 4.6).
Natanael, apesar de sua fala preconceituosa,
não agiu movido por ele. Quando Filipe lhe diz “vem e vê”, ele não recusa ir comprovar se de fato suas palavras
eram verdadeiras. Ele simplesmente vai para ver. Uma das formas de nos
livrarmos do preconceito, que também é pecado, é com os fatos e
suas comprovações. Foi o que Bartolomeu, fez!
3 – SUA SINCERIDADE DE CORAÇÃO
Quem não gosta de elogios? Todo ser humano,
por mais que não saiba lidar com eles, sente-se honrado em receber elogios.
Imagine recebe-los de Jesus. Como seria? Pois bem, foi o que aconteceu com
Natanael.
Jesus já conhecia Natanael. Suas palavras
deixam isso muito claro quando ele responde a Natanael dizendo que ele era um “verdadeiro israelita, em quem não há dolo”
(Jo 1.47). Evidentemente que Jesus não se refere à natureza humana, apenas, dele.
Afinal de contas, acabamos de ver sua fala preconceituosa. Mas o Senhor
refere-se ao coração de Bartolomeu. Sua busca pelo Senhor era sincera. Seu
anseio por ver e conhecer o Messias eram igualmente sinceros. Não havia nada
nesse desejo de Natanael que não fosse verdadeiro.
O verso 25 do capítulo 2 de João declara que
Ele “não precisava de que alguém lhe
desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a
natureza humana”. Jesus estava declarando seu conhecimento prévio não
apenas dos pensamentos de Natanael naquele instante, mas estava declarando a
verdade sobre a sinceridade e integridade do coração dele. Ele não estava lá
apenas para acompanhar a multidão. O fato de ter seguido Filipe até Jesus
também não foi apenas para ver se o amigo estava falando a verdade. O que Jesus
estava atestando era exatamente aquilo que Ele expressa à mulher samaritana
sobre o Pai procurar adoradores que o adorem em Espírito e em Verdade. Natanael
era um exímio exemplo dessa gloriosa verdade. O contrário disso seria falso,
mentiroso, hipócrita.
A hipocrisia era um caso sério em Israel. Os
líderes religiosos não apenas a vivenciavam como também ensinavam que assim
fosse. Jesus condenou incisivamente esta prática. Desde os tempos do AT isso
era real em Israel que, de tempos em tempos, apresentava-se assim diante do
Senhor (Is 1.10-20; Ml 1.6-14). A fé promovida em Israel nos dias de Jesus era
meramente religiosidade para poder “barganhar” com Deus algum favor ou a
entrada em “Canaã”. Mas Natanael era diferente. Seu coração era diferente
nesses aspectos. Ele estava pronto para adorar ao Senhor e se entregar ao
Messias quando o visse. Ele realmente estava à espera, clamando Maranata!
A resposta fervorosa de Natanael foi apenas
depois de Jesus reconhecer seu coração e a sinceridade deste. A palavra que
Jesus emprega para falar da sinceridade desse discípulo aqui é alethos que significa “autêntico,
genuíno” era essa disposição que Jesus buscava nos seus e que era esperado em
Israel. Mas os israelitas estavam, como nos dias de Isaias, honrando com
lábios, mas distantes no coração (Is 29.13; Mt 15.8). Esse discípulo foi achado
diferente. Seus lábios honraram à Jesus, mas o fizeram desde o início, ao
conhece-Lo e ser chamado por Jesus. Seu reconhecimento não foi tardio, não foi
forçado, não foi constrangido. Seu reconhecimento sobre Jesus foi sincero,
natural e verdadeiro. Por isso, o Mestre, fez tais e tais declarações.
4 – SUA FÉ DESEJOSA
A fé de Natanael era algo surpreendente. Ele
era havido pelo conhecimento e desejava ardentemente conhecer a Deus e vê-lo
face a face, como dantes o homem podia, na viração do dia[7], lá no Éden (Gn 3.8).
Jesus conhecia este aspecto do coração sincero de Natanael.
João nos fala que, quando este Bartolomeu
pergunta para Jesus de onde o Senhor o conhecia para dar tal testemunho de sua
fé, Jesus lhe responde que o vira embaixo da figueira, antes mesmo de Filipe ir
chama-lo. O que isso nos diz? As casas na Palestina, naquele tempo, eram
pequenas e formadas por apenas um cômodo, como ainda hoje acontece em cidades
pobres de países africanos. Como só havia este cômodo, os fornos para cozinhar
ficavam acesos o dia todo, sendo difícil ficar em casa, seja pelo calor, seja
pela fumaça. Por isso, era costumeiro plantar figueiras próximo às casas, pois
estas davam sombras, frescor, arejavam as casas e não eram muito altas. Elas
crescem até ficar com cerca de 4,5 metros e seus galhos, que são baixos, se
estendem por até 9 metros de uma ponta à outra[8]. Por esse motivo, era
costume que as pessoas se assentassem sob a figueira para repousarem ou mesmo
para estudarem as Escrituras. Quando Jesus afirma para Natanael que o viu
debaixo da figueira, ele não estava dizendo que o viu, porque Jesus passou
fisicamente por ali. Jesus afirma que conhecia sua fé, sua devoção e a intensão
do coração dele, pois seu Espírito o viu ali, debaixo da figueira, buscando o
conhecimento do e no Senhor.
O conhecimento que Natanael possuía era
baseado no AT. Ele conhecia profundamente as profecias a respeito do Messias.
Jesus sabia do conhecimento que ele possuía, por isso, fez referência aos
momentos de estudo que o discípulo aproveitava. Quando ouviu as palavras de
Jesus, ele exultou e glorificou a Deus em Cristo, pois agora, seus olhos que
antes apenas contemplavam as profecias, viram o cumprimento destas. Nesse
sentido, assemelhou-se à Simeão que, quando viu o menino em seus braços,
glorificou a Deus por reconhecer Nele a pessoa do Ungido de Deus, prometido nos
tempos antigos.
Jesus lhe diz que ele veria coisas maiores
ainda (Jo 1.50-51). Tudo o que Natanael viu era uma pequena mostra da
onisciência, onipotência e onipresença do Deus Todo-Poderoso, em Jesus (Sl
139). Só que Natanael viria muito mais. Interessantemente Jesus faz uma
referência a um episódio bem conhecido no AT, quando menciona a escada e anjos
subindo e descendo. Ele cita a história de Jacó tendo esta mesma preciosa visão
(Gn 28.12). Se Natanael seguisse a Jesus, ele iria contemplar a mesma visão que
Jacó. Jesus aplica essa história a Ele mesmo. Em Jo 14.6, Jesus afirma ser o
caminho até Deus e, portanto, até o céu. Ele é a escada que estava ligando céu
e terra, realizando a vontade Trinitariana em ambas, como bem nos estimula a
pedir ao Pai para fazer, na oração Dominical (Mt 6.9-13). Jesus sabia que a fé
de Natanael que o deixou desejoso por ver e conhecer o Messias iria, agora,
torna-lo desejoso por ver e presenciar essa lindíssima visão.
5 – SUA MORTE
Não há registros confiáveis quanto à forma de
sua morte. O que se sabe, com exatidão, é que ele levou o evangelho na Pérsia,
na Índia, chegando até a Armênia. Alguns sugerem que sua morte se Deu por
esfolamento, outros que ele foi amarrado num saco e jogado ao mar.
Independente da forma como ele morrera, uma
coisa é fato: ele foi fiel até a morte. Ele “foi fiel até o fim, porque foi fiel desde o início[9]”.
CONCLUSÃO
Natanael era um homem que, definitivamente,
era fiel e fervoroso em suas práticas diárias, antes do conhecimento de Cristo.
A hipocrisia não lhe pertencia. Ele era intenso e verdadeiro em tudo e foi um
grande instrumento nas mãos do Senhor, muito embora pouco saibamos dele nos
evangelhos e em Atos.
Natanael é a uma das provas de que Deus não
leva em conta a nossa procedência, ou nossas habilidades intelectuais para nos
chamar. Ele foi a prova de que Deus escolhe pessoas comuns, de lugares
insignificantes[10],
e torna-as grandiosos instrumentos para a Sua glória. Pois foi assim que Ele
fez com Natanael, de Caná, na Galiléia.
APLICAÇÃO
Que profunda lição! Natanael nos ensina que
Deus não vê como o homem, que olha apenas as aparências, mas Ele olha o coração
(1Sm 16.7). Ore a Deus pedindo que lhe dê sinceridade de coração em servi-Lo.
Não seja hipócrita aos olhos de Deus. Não há quem possa enganá-Lo.
Medite nas Escrituras. Natanael reconheceu a
Cristo, pois conhecia as Escrituras e seus olhos estavam abertos para ver o que
Deus estava disposto a fazer e a mostrar. Muitas pessoas em nossos dias afirmam
que não ouvem Deus falar. Ou pior, ouvem qualquer coisa dizendo ser a voz de
Deus. E isso se dá pela falta de apreciação e conhecimento das Escrituras.
Conheça a Cristo intimamente.
Abandone seus preconceitos! Muitas vezes,
como cristãos, deixamos nossa velha natureza falar mais alto e agimos de forma
preconceituosa contra aquilo que não gostamos. Embora devemos ser cautelosos e
zelosos, nenhuma dessas qualidades pode se tornar um defeito pecaminoso. Seja
como for, abandone os preconceitos. Isso será natural à medida em que
conhecermos e vivermos à Palavra do Senhor.
Seja sincero diante de Deus! Deus conhece
quem somos e como pensamos. Como dito, ele vê o coração e os pensamentos do
mesmo. Existe uma tendência a mascarar as coisas, em nós. Temos a tendência de
parecer sem ser. Seja autêntico! Se o Senhor fosse falar algo a seu respeito
nesse instante, o que é que Ele diria e que testemunho, a seu respeito, Ele
daria? Pense nisso! Almeje, assim como o poeta, a “Perfeição[11]” em seus atos, consciente
de que, nessa vida, jamais alcançará, mas que podes desenvolvê-la ao longo
dessa peregrinação.
1
Mais pureza dá-me, mais horror ao mal,
Mais
calma em pesares, mais alto ideal;
Mais
fé no meu Mestre, mais consagração,
Mais
gozo em servi-lo, mais grata oração.
2 Mais
prudência dá-me, mais paz, meu Senhor,
Mais
firmeza em Cristo, mais força na dor;
Mais
reto me torna, mais triste ao pecar,
Mais
humilde filho, mais pronto em te amar.
3
Mais confiança dá-me, mais força em Jesus,
Mais
do seu domínio, Mais da sua luz;
Mais
rica esperança, mais obras aqui,
Mais
ânsias da Glória, Mais vida em ti. Amém.
(Ph. P. Bliss – A.F. de Campos)
[1] Baseado no Livro MACARTHUR, John. Doze homens comuns. A experiência das
primeiras pessoas chamadas por Cristo para o discipulado. São Paulo:
Editora Cultura Cristã. 2011, 2ª Ed.
[2] Leituras
complementares: D – Sl 101 A sinceridade diante de Deus e dos homens; S – Sl 119.97-104 Apreço
pelas Escrituras; T – Sl 19.7-11 Apreço pelas Escrituras 2; Q – Tg 1.16-27 Deus nos dirige pela Sua Palavra; Q – 2Tm 2.11-13 Esperança
em dias difíceis; S –Mt 25.14-30 Seja fiel naquilo que o Senhor lhe concede!; S – Ap 2.9-11 Seja
fiel até o fim!.
[3] Para informações sobre os evangelhos
sinóticos, consultar: CARSON, D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. São
Paulo: Editora Vida Nova. 1997, Pp 19-68.
[4] MACARTHUR, John. Doze homens comuns. A experiência das primeiras pessoas chamadas por
Cristo para o discipulado. São Paulo: Editora Cultura Cristã. 2011, 2ª Ed.
Pp 133-134.
[5] GREIDANUS, Sidney. Pregando Cristo a partir do Antigo
Testamento. São Paulo: Editora Cultura Cristã. 2006.
[6] Por isso Deus conduziu a história
para que o nazareno José tivesse de ir, com Maria grávida, até esta cidade para
licenciar-se lá se dá o nascimento de Jesus, cumprindo a promessa.
[7] Levemos em consideração o fato de
Jesus declarar que ninguém jamais viu a Deus, o Pai. Essa foi a resposta Dele a
Felipe quando este pediu para que o Pai fosse mostrado (Jo 14.1-15). Entretanto,
vemos ao Pai quando vemos o Filho. Na viração do dia, antes da queda, Adão
falava com a Segunda Pessoa da Trindade, possivelmente naquilo que a teologia
chama de “Teofania”. Estas nada mais
são do que manifestações visíveis do ser da Segunda Pessoa da Trindade antes da
efetiva encarnação (Jo 1.1-14). Aqui nesse texto, entendemos que ver “face a face” do qual retratamos é nos
mesmos moldes do homem antes da queda, visualizando a mesma Pessoa.
[8] MACARTHUR, John. Doze homens comuns. A experiência das primeiras pessoas chamadas por
Cristo para o discipulado. São Paulo: Editora Cultura Cristã. 2011, 2ª Ed.
Pp 141.
[9] Ibid. Pp 143.
[10] Ibid.
[11] Nº 121 do Hinário Novo Cântico.
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