sábado, 27 de junho de 2015

Casamento Gay: Deus, a hipocrisia e a condenação bíblica

Esta semana o parlamento americano mudou a história, pela sua influência e pelo título de “país protestante”, ao oficializar, em forma de lei, a liberação do casamento homoafetivo. Aos militantes da causa ou simpatizantes dela, foi uma grande vitória, haja visto o papel que a não norte-americana representa no mundo como um todo. Como nação “protestante”, também marcou uma grande vitória dos militantes e simpatizantes, pois alegam que os cristãos daquela pátria já enxergam com bons olhos “as várias formas do amor”. Outros países, inclusive o Brasil, vibrou com essa decisão que abre precedentes legais, ideológicos e, porque não dizer, religiosos para tal feito. Mas, diante das questões jurídicas, ideológicas e até religiosas, o que nos diz a bíblia? E os que são contrários, por que o são?
Embora os EUA e outras nações passem a legalizar essa prática, isso não muda a visão de Deus sobre essa situação. Deus não muda seus princípios por conveniência ou pela modernidade, como a humanidade o faz. Bíblicamente, a questão da prática do homossexualismo é pecado, esteja ela transvestida da “livre forma do amor” ou como for. Quando Israel saiu do Egito, Deus lhe concedeu diversas leis que deveriam ser observadas para marcar, categoricamente a diferença entre Israel e as demais nações, sob tudo o Egito, maior potência da época, e lugar, também, de luxúria e depravações como rituais culticos. O livro de Levítico, que apresentam as cerimônias e práticas que santificavam o israelita para apresentar-se ao SENHOR, exige do homem a santidade. E como forma de viver e evidenciar a santidade está o cuidado com as relações sexuais abomináveis. Dentre elas, Lv 18.22 afirma categoricamente que a homossexualidade é abominável aos olhos do Senhor. E essa visão não mudou com o passar dos anos. Nosso Deus é imutável (Ml 3.6; Tg 1.17)!
Aos que certamente diriam que essa proibição é cultural, arcaica e que não se aplica a nós, pois pertence à “velha” aliança, cujo valor fora substituído em Cristo, vale nos lembrar de que no Novo testamento, a bíblia também trabalha essa questão. Paulo, em Rm 1.18-27, Deixa claro que Deus, revelando sua ira dos céus aos homens por transformarem sua Verdade em mentira e por se entregarem à idolatria, entregou os homens a si mesmos, permitindo que satisfaçam seus desejos carnais em relações homoafetivas, aguardando a destruição de seus corpos por isso. O que temos visto, em nossos dias, não é liberdade e aprovação divina, mas sim juízo sendo derramado sobre a terra. Não há o que comemorar.
Em 1Co 6.9-10, Paulo traz uma lista em que deixa claro que os sodomitas e efeminados também não entrarão no reino de Deus. De modo que, sob nenhuma hipótese, Deus salvará os que praticam a homossexualidade. Estão, definitivamente, condenados por Deus e não pela Igreja. Ainda que esta se perca e passe a aceitar tais práticas, Deus continuará sendo contrário e exigindo do homem a santidade em suas relações. Deus nunca mudará seu ponto de vista nem em nome do “amor” e não perdoará o homem por isso.

Por outro lado, aqueles que são contrários a essa legitimação precisam entender bem o “porquê” de serem contrários. A grande maioria é contra apenas por uma questão preconceituosa e discriminativa. O preconceito, em todas as suas formas e por todos os motivos possíveis, também é pecado e não deixará de sê-lo por estar, também, transvestido de piedade. Jesus, enquanto caminhou sob a terra, advertiu severamente os fariseus pois estes eram piedosos no que convinha e condenava os demais. A sociedade eclesiástica precisa abandonar a hipocrisia. Embora em Lv 18.22 Deus proíba a prática do homossexualismo, lá também estão proibidas as relações heteroafetivas durante a menstruação (19), o adultério, que já passou a ser quase que cultuado pela mídia e visto como algo normal entre “crentes” também (20), a dedicação dos filhos aos deuses desta era, bem como sua educação religiosa terceirizada ou a profanação do nome do Senhor por meio de práticas condenáveis por Ele (21). A zoofilia também é condenada (23). Os versos 24 e 25 deixam claro o modo como Deus lida com todas essas coisas. Já em 1Co 6.9-10, não são apenas esses que ficarão fora do reino. Os que mantiverem as práticas sexuais ilícitas, os idólatras, ou que cultuam ao dinheiro e os murmuradores também não herdam o Reino. Se formos contrários às práticas, sejam a todas as condenáveis por Deus e não apenas aquelas que aguçam nosso preconceito. Não podemos condenar um erro e aprovar os demais. O Senhor, nosso Deus, exige santidade que é a separação total de toda forma ou aparência de mal (1Ts 5.22).
Como Igreja do Senhor precisamos zelar pela santidade. Não basta atacar os erros alheios e deixar de lutar contra os próprios pecados. O Deus da Bíblia manda o homem tirar a trave do seu próprio olho antes de tirar o argueiro do seu irmão (Mt 7.4-5). Isso não significa dizer q estamos todos errados e vamos ficar passivos nessa situação. Isso significa dizer que precisamos lutar contra os nossos erros antes de - e não "ao invés de" - lutar e condenar os erros alheios. Condenar o próximo esquecendo de condenar os seus próprios erros é hipocrisia. Seja santo, viva em santidade e, então, lute pela santidade nesse mundo.