domingo, 6 de maio de 2012

Projetos para uma vida (1Crônicas 22.6-19)

Quem de nós nunca planejou algo na vida? Quantas vezes nos pomos a planejar  ideais e metas em nossas vidas? E quantas vezes nos decepcionamos por vermos o tempo passar e não vermos nossos projetos se realizarem? O texto citado nos demonstra como conseguirmos concretizar nossos projetos, sejam pessoais, sejam por um grupo, sejam para a obra do SENHOR. Vejamos o que ele nos diz:
1) Dificuldades não podem nos impedir de lutar pelos nossos sonhos. (vs6-10):  Davi idealiza a construção da casa do SENHOR, mas não poderia realizar esse projeto, por proibição divina. Ele n]ao poderia construir esta casa pois estava com as mão sujas de sangue. Mesmo diante da proibição de Deus, Davi, homem segundo o coração de Deus, não deixou de lutar pelo seu projeto. Pelo contrário, foi atrás de quem poderia realiza-lo. A dificuldade imposta pelo próprio Deus não o fez desistir e nem parar de sonhar. Quantas vezes deixamos de sonhar ou deixamos de lutar pelos nossos ideais apenas porque nos prendemos a dificuldades que, aparentemente, são intransponíveis? Assim como o rei Davi, precisamos enxergar além das dificuldades e fazermos o que é preciso para vermos nossos projetos fluindo. Mesmo que seja entregá-lo para que outrem o faça. Não podemos ser impedidos pelas dificuldades!
2) Contemos com a presença constante de Deus conosco (vs11): Davi diz a Salomão que Deus estaria com ele. Por causa da presença de Deus em sua vida, salomão não apenas realizou a construção do templo, como também expandiu seus domínios, pediu de Deus apenas sabedoria, e foi um dos reis mais glorioso que já ouve, não tendo seu igual na terra (1RS 5). Depois que Deixou de olhar para Deus, caiu em pecado, voltando ao bom estado de Rei usado por Deus quando voltou a olhar para o Senhor. Ter a presença de Deus agindo conosco faz toda a diferença na vida de pessoas que lutam por um ideal. Muitos projetos são fracassados pois, apesar de aparentar ter a Deus como centro ou como parte de seus sonhos, Deus é sempre posto de lado e, dificilmente, cumprimos na prática o que dizemos com "seja feita a tua vontade assim na terra como no céu". Não adianta darmos uma roupagem "celestial" aos nossos projetos para termos uma desculpa e massagearmos noss os egos. Casa ajamos assim, seremos como salomão quando caiu. Contemos com a presença de Deus em nossos Sonhos. Convidemo-O para ser o nosso arquiteto e peçamos a Ele para que sonhemos com os propósitos Dele. Façamos como Moisés diante das dificuldades: "Se o Senhor não for comigo, não sairei daqui"
3) Potenciais humanos devem ser explorados (13b): Davi olha seu filho e procura animá-lo para a obra grandiosa que deveria ser realizada.Muitas vezes, ao invés de incentivamos as pessoas a cumprirem com seus objetivos, jogamos terra e areia, impedindo-as de sonhar e enterrando aquilo que desejariam fazer. Nunca foi problema e nem pecado incentivarmos as pessoas a trabalharem. Sejamos conhecidos por incentivarmos as pessoas a caminharem e cumprirem com seus sonhos ao invés de fazê-mo-las sucumbir com seus planos. Precisamos aprender a incentivar as pessoas.
4) Devemos aprender a compartilhar nossos sonhos (15-19): Davi demonstra para Salomão que ele não estaria sozinho para realizar seu projeto. Um grande problema nosso é que costumamos sonhar sozinhos e não dividimos nossos sonhos com ninguém.  Precisamos somar o maior numero de pessoas possiveis, que tenham um mesmo ideal, afim de não nos sentirmos abandonados na linha de frente, jamais. Uma ressalva precisa ser feita. Assim como precisamos aprender a compartilhar nossos sonhos, precisamos aprender a levarmos os sonhos dos outros também adiante. Quantas vezes você tem sonhado só? Quantas vezes você não tem se disposto a lutar junto de seus irmãos, amigos, familiares etc., pelo sonho comum deles? Precisamos pedir Graças ao SENHOR para que nos ajude a levarmos nossos sonhos adiante. Juntos. Para então vislumbrarmos a glória de nossos projetos realizados unicamente para a glória do SENHOR!

sábado, 5 de maio de 2012

Missões e a importância de um "conselho missionário"

“Missões é a responsabilidade de todos os discípulos de Jesus Cristo [...]. Isto é claro em todo ensinamento da Bíblia, desde Gênesis até Apocalipse. O povo de Deus é canal do conhecimento e acesso a Deus. Além de todo o peso do ensinamento bíblico sobre a missão do Seu povo, Deus deixa claríssimo em Exodo 19:5-6 que a escolha do povo de Israel tinha motivo sacerdotal entre Ele e todos que Ele tinha criado. Toda nação de Israel tinha que compreender que a lei que Moisés ia logo receber tinha razão de ser, não era simples legalismo. Eles tinham que ser santos para poder manifestar ao mundo a santidade do Deus criador e Senhor das suas vidas. O mesmo texto é repetido em 1 Pedro 2:9, esta vez para as igrejas — o povo de Deus no Novo Testamento. Deixa claro o papel apostólico contínuo para poder alcançar este mundo que Deus tanto ama.”[1]

 Uma das atividades da igreja local é promover a responsabilidade coletiva de anunciar a glória de Deus entre todas as tribos, povos, raças, línguas e nações. Contudo, algumas pessoas afirmam, erroneamente, que não possuem chamado para os campos missionários em outras terras, sejam elas transculturais ou não.
Outro grande problema das nossas igrejas locais para com as obras missionárias é o aparente descaso que as mesmas possuem para com o Reino de Deus no tocante às missões e com aqueles que estão trabalhando em lugares distintos para promovê-lo. Em muitas situações a igreja fecha os olhos não apenas para a realidade dos campos, que branquejam para a ceifa (Jo 4.34-38), mas fecha os olhos para os trabalhadores da seara que lá estão. É nesse contexto que surge, então, o departamento de missões, mais conhecido como conselho missionário. Este tem a finalidade de viabilizar o contato da igreja com os campos longínquos, sejam estes transculturais ou não; viabilizar o contato com os obreiros que estão nestes campos e despertar na igreja o desejo de se envolver com os campos e suas dificuldades, pois, nas palavras de Oswald Smith “Missões se fazem com os pés dos que vão, com os joelhos dos que ficam e com as mãos dos que contribuem[2]” [grifo nosso].
Nesse sentido, precisamos despertar as nossas igrejas sobre a responsabilidade de participarem da grande comissão a qual Jesus convocou seus discípulos nas três esferas da frase de Smith: Indo, Orando e Contribuindo. O nosso enfoque é mostrar a importância do conselho missionário em promover missões e inserir a preocupação com os campos dentro da Igreja: orando, contribuindo, mas também trabalhando e entendendo a importância das missões para a Igreja, quando esta entende sua função dentro do propósito de Deus. Para isso, precisamos romper com a cultura já instaurada na mentalidade das igrejas atuais quanto à relativização da verdade e a interiorização da religião, como sendo algo particular de cada indivíduo, como vemos no pensamento mais sistematizado no adágio popular: “Em time de futebol, partido político e religião ninguém se intromete. Cada um tem o seu”. Esse é o conceito pós-moderno quanto à religião e tem, infelizmente, adentrado as Igrejas.
Como um braço da igreja e com a finalidade de auxiliar o conselho da igreja na promoção de missões, o conselho missionário da IPC trabalhará todas essas questões, estabelecendo um trabalho paulatino de reconstrução e fomentação da importância de envolver-se com os campos missionários. Este trabalho, como já dito, não ocorrerá da “noite para o dia”, mas em um processo para solidificar estes conceitos na mentalidade da Igreja.

Rompendo com a Cultura pós-moderna

Como já mencionado acima, um dos grandes vilões da apatia missionária da igreja de nossos dias tem sido o pensamento herdado da cultura pós-moderna. Neste pensamento, as pessoas interiorizam a religião de maneira que não possuem incentivo algum para anunciarem o Reino de Deus. Profº Isaías Lobão Pereira Jr[3]. Sistematiza esse pensamento dizendo:
O pensamento Pós-Moderno esvaziou a religião formal. Na Pós-Modernidade, a religião deixou a dimensão pública e restringiu-se à esfera privada. Na tentativa de se libertar de uma cultura religiosa com padrões morais absolutos, o indivíduo pós-moderno criou uma religiosidade interiorizada, subjetiva e sem culpa.[4]
Nestas palavras, é possível entender algumas coisas concernentes a falta de evangelização por parte da Igreja São elas:
1.      Cada um tem seu deus e sua forma de adorar ao seu deus de maneira pessoal;
2.      Não existem padrões absolutos de verdade e, portanto, de moral dentro de uma cultura religiosa;
3.      Não existe um único deus e nem uma única forma de adoração;
4.      Não há culpa, pois todos os caminhos levam a Deus.
Infelizmente, talvez este seja um comportamento que os crentes de nossa época têm adotado, ainda que não façam esse exercício de maneira consciente, pois, na prática, a falta de evangelização denuncia este pensamento citado pelo professor Isaías. E ele acrescenta:
As pessoas querem optar pela sua “preferência” religiosa sem ser importunadas por opiniões contrárias. Os critérios que orientam essas escolhas são todos íntimos e subjetivos. Semelhantemente, também não tentarão impor sua nova opção de fé a ninguém.[5]
Desse modo, acaba-se com a preocupação de evangelizar pois não é necessário impor uma nova cultura religiosa num contexto em que não existe uma religião certa ou uma errada. O que está havendo é uma secularização da religião, criando um Deus sincrético e afastando a responsabilidade da igreja de se pregar o evangelho genuíno de Cristo com a finalidade de evangelizar[6] todas as nações, em cada uma de suas particularidades, com cada um de seus desafios específicos.
Essa realidade pós moderna tem contribuído para um regresso nas obras de evangelismo local das igrejas. Muitos têm cruzado os braços esperando que alguém, em algum lugar, faça alguma coisa.
Ainda sobre este assunto, um outro autor diz:
“O colapso das crenças. Quer seja a fé, quer seja o crer na educação, quer seja o aceitar a cultura até então afirmada, há uma descrença em tudo que se afirmou até então. Não crêem que seja verdade que o estudo pode melhorar a vida das pessoas e o mundo. Há desinteresse pela herança passada. Tudo é visto como não funcional, como não resultável, não produtor de bons resultados. Um Ronaldinho, que mal consegue fazer uma sentença gramatical articulada, ganha muito mais que um cientista. E sem jogar futebol há muito tempo! É mesmo um fenômeno. Vive da mídia. Vale mesmo a pena estudar? Mas voltando à questão das crenças: não há um conjunto de valores. O que se faz é desmantelar as regras e as estruturas.”[7]
A conclusão desse pensamento é que não há igrejas sadias, portanto, a fé, de fato, deve ser algo interior. E é nesse sentimento que muitos dos nossos crentes se encontram nas nossas Igrejas.
Nesse contexto, o conselho missionário, como um braço da igreja na propagação da responsabilidade comum de evangelização, deve estar engajado para romper com os laços dessa cultura que tem destruído com a mentalidade cristã que obedece à ordem de Cristo quando da “grande comissão” (Mt 28.18-20).
Utilizando palestras e pregações num primeiro momento, o conselho missionário deve mostrar que o cerne da Igreja, no que diz respeito à cultura instaurada, é quebrar essa visão e lutar para demonstrar o reino de Deus sobre a terra. Num contexto em que não existem autoridades estabelecidas, pelo menos não que sejam vistas com bons olhos, como nas palavras de Filho:
“A descrença nas instituições. As instituições sociais falharam em seu propósito de prover um mundo melhor. Os governos, a família, a escola, todos eles falharam. O jovem não crê na declaração romântica do educador de que está formando mente e educando para o futuro. Não vê o professor encarar a profissão como um sacerdócio, mas como um ganha-pão. Não vê a escola como um lugar agradável nem crê no seu discurso de que estudando a pessoa pode ter oportunidades. Há milhares com diploma na mão e subempregados. Também não crê nas igrejas porque os escândalos são muitos. A igreja dos anos noventas não produz homens e mulheres santos, mas pessoas preocupadas com dinheiro. O vulto mais importante que a igreja evangélica dos anos sessentas legou à humanidade foi o pastor batista Martin Luther King Jr, Prêmio Nobel da Paz. A igreja evangélica dos anos oitentas apresentou ao mundo o bispo anglicano Desmond Tutu, que também recebeu o Prêmio Nobel da Paz. A igreja evangélica dos anos noventas é mais conhecida por Edir Macedo que por qualquer outro personagem. Este não ganhará nenhum Nobel. Para o homem pós-moderno, os governos não são honestos nem a classe política é íntegra. A família, via de regra, é um inferno na sua vida doméstica cotidiana. Isso se vê na legião de meninos de rua que fogem de casa e preferem um estilo de mendicância, superior ao que têm em casa. A autoridade nunca é bem vista. É sinônimo de opressão.”[8]
Nesse contexto é que Deus nos chama para estabelecermos uma mensagem que restaura um governo que jamais deveria ter sido perdido, mas o foi por conta da pecaminosidade do homem.
O conselho missionário deve estar disposto a trabalhar com a finalidade de incentivar a igreja a estabelecer em sua mente o resgate desse governo e o início de uma cultura caracterizada pela centralidade de Cristo. A cultura a qual precisamos estabelecer é diferente das demais e isso tem razão de ser. Maria Leonardo assevera:
A cultura do Reino de Deus é baseada na autoridade e governo de Deus, e os padrões do Reino de Deus são totalmente opostos aos reinos deste mundo. Os padrões do Reino de Deus são duradouros e não se degeneram com as adaptações da modernidade. O povo de Deus precisa ser capaz de rejeitar atitudes e padrões que não são pertinentes ao Reino de Deus, porque a cultura do povo de Deus é conformada segundo o Reino de Deus, onde o Rei – o Senhor do Reino está acima de qualquer comportamento que se opõe à Sua vontade e autoridade. A notícia e assunto principal dos filhos do Reino deve ser o Rei JESUS e as dimensões do Reino de Deus, coisas do Espírito, do reino espiritual.”[9]
Precisamos compreender que somos quem somos para anunciar quem Deus é glorificá-lo através da pregação da Palavra.

Indo ou enviando, mas se fazendo presente.

Outra finalidade do conselho missionário é ir aos campos. Em muitos casos, o conselho missionário não pode ir, mas pode fomentar junto à igreja o envio de missionários para o campo, através dos órgãos responsáveis pelo envio dos obreiros, mas sempre lembrando de que a responsabilidade também é da igreja.
Hoje, talvez, um dos temas que mais conta com divergências de opinião, seja quanto a participação ativa da Igreja no ir pregar o evangelho. Já vimos no ponto acima que o conselho missionário precisa de um trabalho a fim de mudar a mentalidade da igreja no que diz respeito à cultura que temos instaurada no evangelicalismo nacional. Agora, precisamos trabalhar na igreja o segundo ponto que é pregar o evangelho entre todas as nações, seja presente ou enviando um obreiro. Falando sobre a dificuldade das igrejas de entenderem sobre a questão de ir e fazer missões, temos o Rev. Claudio Marra, em seu livro “A igreja Discipuladora” trata da missão da igreja explicando o motivo pelo qual o Senhor nos chamou para fazer parte da sua tarefa evangelizadora. Solano Portela, ao resenhar o livro supra citado, diz:
“’Fazer discípulos’. Nunca uma declaração tão explícita da parte de Jesus, e ao mesmo tempo tão crucial, pois é determinante dos rumos da igreja,  foi tão mal entendida e mal aplicada como nos nossos dias. Os caminhos e o propósito da igreja de Cristo têm sido interpretados de maneira diferente, ao longo dos séculos. Na medida em que essas interpretações têm se afastado do fio de prumo do ensino, a igreja tem se mostrado fraca, sucumbindo aos ventos de doutrina e, por vezes, deixando que tradições humanas ocupem espaços ilegítimos dentro de sua estrutura e mensagem. Quando o ensino tem sido enfatizado, a igreja tem sido fortalecida e revitalizada.”[10]
Para cumprir com essa tarefa de ensino do evangelho de Cristo, temos o mandato de Jesus em Mt 28.18-20:
Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” [GRIFO NOSSO].
Nesse ponto, a ordem de Jesus nos mostra quais as esferas de atuação dos seus servos. Percebemos claramente que Jesus declara à sua comissão que devem ir para, então fazer discípulos para ensiná-los a guardar todas as ordens do mestre. Nesse ponto, não há distinção sobre quem deveria pregar o santo evangelho. Não se trata de quem possui dons específicos para isso ou não. Trata-se de ouvir a voz de Deus e obedecê-la. Comentando esse texto, Champlin diz:
“O fazer discípulos envolve, em primeiro lugar, a necessidade do evangelismo ou da pregação do evangelho; mas também subentende um exercício de treinamento e orientação, de forma que esses discípulos sejam melhor firmados e instruídos na plenitude da mensagem das Escrituras Sagradas.”[11]
Nesse caso, a tarefa do conselho missionário é trabalhar a igreja para que esta entenda a necessidade de se fazer presente nos campos missionários e que esta presença não pode ser algo de curta duração. Para que esta ensine, precisa de tempo.
Uma das duras realidades da Igreja é que alguns que lá estão dizem que não são chamados para irem pregar o evangelho. Isso é uma realidade. Nem todos são chamados para irem. Alguns são chamados para ficarem e pregar o evangelho aqui onde estão. Mas a igreja tem algo em particular o qual o conselho missionário pode e deve ajudar. É esta quem envia os obreiros aos campos. É aqui onde a maioria das Igrejas peca. Estas, por verem inúmeras agências missionárias, cruzam os braços para a tarefa primordial de enviar trabalhadores para anunciarem a glória de Deus.
A junta de missões, então, através de suas ações, precisa mostrar a igreja, a luz da Palavra, de que está é a grande detentora da responsabilidade de levar a mensagem, estando presente ou não de maneira direta. Mas é esta quem deve estar lá, para pregar e anunciar o evangelho da salvação para os homens que caminham perdidos, em direção às trevas. Sendo de responsabilidade da Igreja se fazer presente, o conselho missionário é quem facilitará o acesso da igreja aos campos e aos obreiros que lá estão.

O Conselho missionário e a Oração: um casamento sem divórcio.

“Preciosas são as horas na presença de Jesus! Comunhão deliciosa da minha alma com a Luz. Os cuidados deste mundo não me podem abalar, pois é ele o meu abrigo quando o tentador chegar.”[12]
A letra do hino citado acima trata da aspiração que um crente tem e da certeza que faz parte desse crente quanto à tarefa da oração. Em suas belas palavras, os poetas tratam da preciosidade que há nos momentos de oração. Ainda em suas belas palavras, são registradas as afirmações de que os cuidados deste mundo, seus anseios, suas expectações, nada, absolutamente nada, podem abalar o crente a ponto de impedi-lo de orar. Essa é outra das tarefas do conselho missionário no árduo trabalho para com a Igreja.
A bem da verdade, por conta da cultura pós-moderna, o homem deixou de se relacionar com Deus, rompendo com os momentos de oração. Isso porque o homem pós-queda quer ter o controle de sua vida – sentimento este mais acentuado no homem pós-moderno – e a oração faz com que este perca o controle e confie a sua vida e todas as áreas da mesma aos cuidados de um ser sobrenatural.
Quando falamos de oração em nossas igrejas temos dois típicos comportamentos com relação a ela. Um defende um poder gigantesco na oração, como se as nossas orações pudessem mudar o coração e a mente de Deus, fazendo com que este mude seus planos a cada momento. A outra posição, mais coerente com os ensinamentos bíblicos, nos ensinam que devemos orar por um ato de obediência ao Senhor que nos manda orar, mas que nada muda os planos de Deus e aquilo que Ele já predeterminou que acontecesse.
Num mundo onde o homem é sempre o alvo das pregações e o alvo do falso evangelho, precisamos trabalhar na igreja a idéia de que esta deve se engajar nos momentos de oração. Para isso, precisamos romper com o pensamento comum. Bill Hybels, em seu livro diz;
“Desde o nascimento aprendemos as regras da autoconfiança enquanto nos esforçamos e batalhamos para ganhar auto-suficiência. A oração vai contra estes valores profundamente estabelecidos. É um atentado a autonomia humana, uma ofensa à independência do viver. Para as pessoas que vivem apressadas, determinadas a vencer por si mesmas, orar é uma interrupção desagradável. A oração não faz parte de nossa orgulhosa natureza humana.”[13]

Entretanto, o autor complementa:
“No entanto, em algum momento, quase todos nós chegamos ao ponto em que caímos de joelhos, inclinamos a cabeça, fixamos nossa atenção em Deus e oramos. Podemos até nos certificar de que ninguém esteja olhando, podemos ficar envergonhados, mas, a despeito de tudo isto, nós oramos.”[14]
Diversos textos bíblicos nos incentivam a buscar o Pai através da oração e exemplifica isso na pessoa de Jesus que, sendo o próprio Deus, orou buscando o Pai e pedindo-lhe força e graça. Precisamos seguir o mesmo caminho, pedindo a Deus que 1º Levante trabalhadores para a seara (Jo 4.34-38); 2º Sustente esses trabalhadores distantes de suas famílias; 3º  conceda estratégias para que os mesmos possam ter estratégias com a finalidade de pregarem.
Ainda se tratando da realidade dos campos missionários e da tarefa da Igreja, precisamos, categoricamente, incentivar a igreja e saturá-la da realidade de que é impossível esta fazer qualquer atividade sem a direção e sem a orientação de Deus e nisso se inclui a tarefa de evangelização. Hoje tudo pode andar desassociado de pontos outrora fundamentais desde que faça sentido para quem está propondo a atividade. Vemos um Cristianismo sem Cristo[15] sendo propagado, um evangelho destituído de graça sendo pregado, o verdadeiro evangelho causando vergonha[16]a nos crentes atuais pois o teocentrismo já não é mais o cerne das escrituras e igrejas que já não mais oram.
Uma vez que não orar denuncia nossa luta por uma vida de independência de Deus, orar evidência que carecemos do Senhor para tudo quanto fazemos. Não é possível imaginar crentes que não se prostrem diante do seu Senhor, pedindo-lhe forças, graça e misericórdia. Não pode haver uma separação, um divórcio entre a Igreja e a oração. A oração existe para que a igreja possa existir e a Igreja existe para que ore, exercendo sua intima comunhão com o Pai.
O conselho missionário então, imbuído desta convicção, trabalhará para que a igreja curve-se diante de Deus pedindo a Ele que abençoe os trabalhos de evangelismo dentro e fora da pátria e tudo o que diz respeito a este trabalho: Tanto pelos campos quanto pelos obreiros. Embora saibamos que esta é uma tarefa da igreja como um todo, o conselho funcionará como um mecanismo de incentivo e lembrança para que a igreja não esmoreça de sua tarefa contínua de oração. Lembrando-nos da frase de Oswald Smith, para realizar a tarefa missionária é preciso haver quem esteja a frente do campo de batalha, levando a mensagem, mas também aqueles que cuidam da retaguarda, orando de joelhos (literalmente ou não) em prol da causa de missões. E nesse sentido, a letra do hino citado torna-se uma realidade. Não há anseios que possam suplantar o desejo ardente do crente de passar preciosos momentos de oração na presença do Senhor. Assim sendo, buscaremos a presença de Deus por entendermos ser real o que o poeta nos diz:
“Nosso trabalho vão será se Deus não for presente. Só ele o esforço aqui bendiz e é quem nutre a semente. Eia! Aproxima-se o final! Bem perto o dia vem, quando a glória de Deus há de o mundo inundar como as águas cobrem o mar.”[17]

A contribuição com a obra missionária: Servindo com Alegria.

Quando falamos de contribuição para trabalhos de evangelismo, ou para qualquer outro trabalho, de qualquer outra natureza, desde que eclesiástico, logo surge na mentalidade das pessoas as igrejas neo-pentecostais que enfatizam a questão do dinheiro como parte de um ritualismo sacrificial para aplacar a ira de uma divindade que, a exemplo dos deuses pagãos, se não for oferecido nenhuma oferta com esta finalidade, pune seus adeptos de formas cruéis e violentas na maioria dos casos. Como uma forma de contrapor-se a este pensamento, vemos alguns crentes que simplesmente não dispõe do bolso para ajudarem na obra missionária afirmando que já deram seus dízimos e, portanto, não precisam fazer nenhum outro tipo de contribuição. Esta também não é uma posição sadia.
No livro do Profeta Malaquias, temos as seguintes palavras:
Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.”  (Malaquias 3.10) [GRIFO NOSSO]
Neste texto, fica claro que não se trata apenas dos dízimos que o Senhor sente-se roubado quando não entregue a sua casa. As ofertas, quando não destinadas à casa do tesouro também sendo roubadas. Surpreendentemente, temos, ainda hoje, Igrejas e crentes que acham a obra missionária pode sustentar-se autonomamente, sem a menor participação das Igrejas, pois estes acham que as agências missionárias têm a total responsabilidade no sustento dos obreiros.
A Confissão de Fé de Westminster, no anexo sobre missões, fala sobre a responsabilidade da Igreja nesse tocante:
Visto não haver outro caminho de salvação a não ser o revelado no Evangelho, e visto que, conforme o usual método de graça divinamente estabelecido, a fé vem pelo ouvido que atende à palavra de Deus, Cristo comissionou a sua igreja para ir por todo o mundo e ensinar a todas as nações. Todos os crentes, portanto, têm obrigação de sustentar ordenanças religiosas já estiverem estabelecidas e contribuir, por meio de suas orações e ofertas e por seus esforços, para a dilatação do Reino de Cristo por todo o mundo[18]

Não são poucos os relatos das agências de missões falando que as igrejas ainda possuem a visão de que o sustento do missionário é destas e não daquelas. Vejamos a política financeira de uma junta de missões:
“Missões e Finanças
Contribuição Financeira para Missões: 
É um dos assuntos mais desgastante em missões e não tem como falar em missões sem contribuição financeira. Sempre vamos nos deparar com pessoas que vão nos perguntar porque contribuir com o trabalho missionário ?
Porque há desafios a serem vencidos, novos trabalhos para serem iniciados, igrejas a serem plantadas e organizadas, almas para serem salvas, obreiros para chegar ao campo, lideres para serem treinados.
Quando uma Igreja não contribui para a Missão:
·         Está se opondo à pregação do Evangelho;
·         Fecha o canal das bênçãos. Fp. 4:17-19;
·         Os membros contribuem diretamente para outras igrejas ou missionários.
Quando uma Igreja contribui para Missão:
·         Ajuda no avanço da pregação do Evangelho;
·         É abençoada, de acordo com a lei da semeadura. II Cor. 9:6.
·         Os membros da igreja são abençoados individualmente”[19]

Sobre o argumento de falta de valores para serem invertidos em missões, é dito:
Missões num contexto de Pobreza
“ Missões no Mundo dos Dois Terços são missões num contexto de pobreza. E isso muitas vezes confunde os de fora”.
Um amigo do ocidente me perguntou certa vez: “Como vocês podem enviar missionários para fora da Índia quando existe tanta necessidade em seu próprio país?” E ele continuou perguntando:”Como vocês podem financiar um programa missionário quando existe tanta pobreza em seu país?”. Duas boas perguntas mas baseadas em suposições erradas.
Primeiro, é errado supor que missionários devem ser enviados de um país somente quando este estiver sido completamente evangelizado. Jesus disse para seus discípulos: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda Judéia e samaria, e até aos confins da terra” (At. 1:8). Ele não disse que, somente, após terem terminado o trabalho em Jerusalém, deveriam ir à Judéia e depois à Samaria e aos confins da terra. O testemunho deveria ser simultâneo em todos estes lugares. Se os primeiros missionários da América do Norte ou da Europa tivessem esperado até que os seus países estivessem completamente evangelizados, nós ainda não teríamos ouvido o Evangelho!
Segundo, é errado supor que o Evangelho nos primeiros dias veio dos “que não tinham”. Se a igreja de Jerusalém tivesse olhado para a sua pobreza e concluído que não tinha condições para enviar missionário, o evangelho não teria saído da cidade. Mas condições financeiras não tinham importância”[20]

Alguns Princípios bíblicos são apresentados:
“Envolvimento missionário está baseado na consagração total do indivíduo e de suas possessões ao Senhor. Os detalhes deste envolvimento são trabalhados a partir desta consagração. Daí precisa ser parte deste envolvimento. Paulo escreveu sobre os cristãos na Macedônia: “Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários... mas deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus” (II Co. 8:3-5). Compromisso com o Senhor e com as pessoas é condição essencial para um envolvimento de importância em missões. E isto inclui dar dinheiro.
•  A riqueza ou a pobreza das pessoas não deve decidira participação em missões. Os macedônios deram ‘além de suas posses'. Os cristãos em Antioquia deram ‘conforme suas posses' (At. 11:29). Os pobres não se desculparam com base em sua pobreza. Não devemos deixar a pobreza nos levar um ‘um complexo de receptor'. Cada crente deve fazer o que pode por missões e estar disposto a sacrificar além de suas posses.
•  Precisa ser resultado de um firme compromisso com missões e de um sentimento correto de mordomia. Isto vem através de um ensino contínuo e uma pregação da Palavra de Deus que leva o povo à consagração total aos propósitos divinos, e a uma aceitação de sua responsabilidade missionária. Os cristãos na igreja de Antioquia foram ensinados por Paulo e Barnabé por um período de um ano e ficaram conhecidos como discípulos. Uma marca deste discipulado foi que cada um deu ‘segundo as suas posses' quando ouviram acerca da fome que os cristãos na Judéia estavam passando. (Teodore Williams).”[21]
Alguns princípios aplicáveis à política financeira de Missões:
Princípios Aplicáveis para o Financiamento de Missões
O Princípio do Mandato Divino 
Missão não depende de prosperidade ou opulência econômica. Na Igreja primitiva, missão saiu daqueles que não tinham dinheiro para aqueles que tinham! A igreja na Macedônia é um exemplo de ofertar, que ocorreu a partir de extrema pobreza (II Co. 8:1-3)
O Princípio da Igreja Local
A Igreja Local deve ser o agente primário do qual as finanças fluem para avançar a obra do Senhor através das missões no Mundo.
À medida que nos preocupamos com agências missionárias, associações nacionais e organizações internacionais, corremos o risco de esquecer a centralidade da igreja local que o povo de Deus é desafiado a fazer de Jesus seu Senhor e de responder positivamente, sendo bons mordomos e dando voluntariamente para o empreendimento missionário.
O Princípio da Mútua Prestação de Contas
No corpo de Cristo somos responsáveis pela prestação de contas uns dos outros. A prestação de contas não deve ser uma ferramenta de controle, mas uma proteção contra o mal. Deve ser estabelecida através de um acordo entre as partes envolvidas na cooperação, a fim de resguardar a integridade do ministério e do nome de Jesus Cristo.
O Princípio do “Grande Vintém” 
Usando como modelo a parábola de Jesus sobre a pequena oferta da viúva (Mc. 12:42), Ajith Fernando de Sri Lanka, sugere que a contribuição das nações mais pobres para a obra missionária internacional tem grande valor no sistema de contabilidade de Deus.
 O Princípio da Cooperação 
•  “ Cooperação inclui compartilhamento de todos os recursos para o avanço do Evangelho (Fil. 2:25; 4:15; Rom. 15:24). É uma forma normativa de levar o Evangelho avante, especialmente quando introduzida desde o começo”.
•  Cooperação exclui o senhorio de uma parte para a outra. O apóstolo Paulo nunca legislou cooperação, porém a encorajou para o desenvolvimento de missões.
•  A cooperação é um relacionamento que nasce de um profundo nível de comunhão e fraternidade. Comunhão no compartilhar, comunhão no Espírito, comunhão no sofrimento de Cristo, comunhão nas necessidades do apóstolo e comunhão em missões”. (Luis Bush)
Princípios de Finanças para a Igreja
A igreja deve estar associada a um missionário (Fp. 4:14-15)”[22]

A própria junta missionária dá algumas sugestões de como ajudar a Igreja a arrecadar finanças que possam ser investidas para os missionários:
“Oferta Missionária de Fé: É uma oferta . O cristão não pode desviar parte de seu dizimo para missões. Se o fizer é roubo;
Deve ser usada exclusivamente para missões, jamais para a obra local;
É de fé – podemos pedir a Deus que Deus nos de mais para darmos mais para missões ; I Cr. 29. 12:14;
É pessoal – individual, de cada um, marido, esposa, filhos;
É um acordo que o crente faz com Deus – não com a igreja é com Deus;
É para obra missionária de sua igreja;
É um compromisso anual de contribuição missionária;
Cada contribuinte sabe para o que esta contribuindo;
Produz crescimento na vida do contribuinte;
Produz excelentes resultados para a obra missionária;
O que a Bíblia diz: Gn.4:3-4; Sl. 24:1; Ex. 34:20; Pv.3:9-10; Dt.16:17; Ec.5:19;II Co. 9:6
Ofertas Esporádicas:
Quando surge alguma necessidade, tem a vantagem de se saber para o que está contribuindo. Mas não se esqueça é esporádica.
Fontes extras de contribuição financeira para missões:
•  Ofertas específicas para missões nos cultos missionários;
•  Votos;
•  Carnês ou envelopes anuais de contribuição mensal;
•  Propósitos especiais em períodos como seminários, conferências,etc;
•  Feiras missionárias;
•  Negócios em missões;
•  Trabalhos manuais, artesanatos, lembranças;
•  Venda de produtos missionários
•  Cantina Missionária;
•  Almoços, jantares, café e chá missionário;
•  Bazar missionário;
•  Doação de um dia de trabalho para missões; ”[23]

Com este exemplo, vemos claramente a preocupação em argumentar com as igrejas de que contribuir com missões é importante. Mas uma ressalva deve ser feita. Nenhuma contribuição deve ser feita com pesar de coração. A contribuição seja de qualquer natureza, deve se feita de coração, como sinal de adoração, inclusive a oferta missionária. Apesar de ser uma obediência, tal atitude deve ser feita como sinal louvor ao Senhor e como uma dedicação pessoal para que a glória de Deus seja manifesta à todos os homens.
Também é preciso fazer uma ressalva quanto à prioridade da Igreja. Alguns argumentariam de que a prioridade da Igreja seja fazer missões. Mas definitivamente não o é. Piper defini muito claramente qual é a prioridade da Igreja:
“As missões não representam o alvo fundamental da igreja, a adoração sim. As missões existem porque não há adoração, ela sim é fundamental, pois Deus é essencial e não o homem [...] A adoração é, portanto, o combustível e a meta das missões”[24]
Sendo assim, mesmo quando contribuímos com a obra missionária, devemos fazê-lo não por acharmos que estamos cumprindo com o papel principal da igreja no tocante aos campos, mas sim que o fazemos por adoração a Deus que requer obediência e generosidade de nossa parte.

Proposta para a nova estrutura

Nome: Conselho Missionário
Liderança: Em princípio, o pastor, algum presbítero e alguns dos diáconos, além de alguns irmãos interessados em promover a causa missionária. Para os momentos seguintes, anualmente o conselho missionário fará eleição e o recebimento de novos membros para que possam fazer parte do grupo. Contudo, em todas as frentes de trabalho, será envolvida a Igreja.
Missão: Promover o anseio missionário para a Igreja na visão da Frase de Oswald Smith: “Missões se fazem com os pés dos que vão, com os joelhos dos que ficam e com as mãos dos que contribuem[25]
Visão: Missões é algo que deve ser desenvolvido por todo o corpo de Cristo, independente dos dons

Frentes de Trabalho:


1)      Oração: Vigílias, cultos de oração e Jejuns. Criação do sábado de Missões, onde, uma vez por mês, durante uma manhã, a igreja se reunirá no templo com a finalidade de jejuar e orar por missões.
2)      Divulgação: Divulgar as informações por todos os meios de comunicação disponíveis aos membros da Igreja: Facebook, Twitter, Orkut e a criação de um Blog
3)      Cuidado Missionário: Neste ponto, nos preocuparemos em atender os missionários apoiados pela igreja em suas dificuldades que não sejam financeiras, pois as financeiras teremos uma frente de trabalho específica para isso. Nesse sentido, cuidaremos das doações de materiais para os trabalhos em nosso país.
4)      Ensino: Promover debates, palestras, cultos missionários e filmes com temas de missões, a fim ensinar a Igreja a importância de missões. Afora palestras para que possamos desenvolver os pontos já apresentados aqui neste projeto.
5)      Finanças: promover campanhas de ofertas para missões e repassar, imediatamente, o valor aos missionários adotados pela nossa igreja, sejam dentro ou fora do país.
Com este projeto, pretendemos dar um “ponta pé” inicial na missiologia da IPC. Certamente que haverá alterações a serem feitas à medida que o trabalho for sendo executado, mas com esses meios de trabalhos, visamos fomentar a responsabilidade e o envolvimento da igreja com os campos e os trabalhadores. Não como meros espectadores, mas como agentes ativos no processo de desenvolvimento missiológico local e transcultural.
A igreja precisa compreender o que abordamos no começo sobre o pensamento pós-moderno e entender a necessidade que há de se propagar a mensagem de Salvação à todos os homens, a fim de que os Eleitos sejam salvos, ouvindo a mensagem de Cristo, ainda que a sua participação seja enviando, orando e sustentando os trabalhadores da Ceara, como bem definiu a Confissão de Fé de Westminster.



[1] (BURNS, 1990)
[2] (SMITH, 2011)
[3] Isaías Lobão Pereira júnior é professor de Teologia e História. É bacharel em teologia pela faculdade Cristã Evangélica do Planalto. Para maiores informações sobre o professor, acesse seu currículo: http://www.isaiaslobao.pro.br/index.php?option=com_content&view=article&id=46&Itemid=53
[4] (PEREIRA, 2011)
[5] (PEREIRA, 2011)
[6] Embora estejamos acostumados a tratar como significados diferentes, missão e evangelismo trata do mesmo assunto, uma vez que a MISSÃO da igreja é EVANGELIZAR todos aqueles que precisam ser evangelizados. Embora alguns tratem evangelismo como sendo o ato de anunciar Cristo em terras próximas e Missões como o ato de anunciar Cristo em terras longínquas, como em terras transculturais. Para saber melhor sobre esse assunto e sobre essa ambigüidade dos termos, consultar o livro: BOSCH, David J. Missão transformadora. Mudanças de paradigma na teologia da missão. Tradução de Geraldo Korndörfer e Luís Marcos Sander. São Leopoldo/RS: Editora Sinodal, 2002. 690 p.

[7] (FILHO, 2011)
[8] (FILHO, 2011)
[9] (LEONARDO, 2009)
[10] (PORTELA, 2007)
[11] (CHAPLIN, 2005)
[12]  (GOREH, 2007)
[13] (HYBELS)
[14] IBID.
[15] (HORTON, 2010)
[16] (MACARTHUR)
[17] (AINGER, 2007)
[18]  (PRESBITERIANA, Casa Editora, 1991)
[19] (MISSÕES, Junta Administrativa de)
[20] IBID.
[21] IBID.
[22] IBID.
[23] IBID.
[24]  (PIPER, 200)
[25]  (SMITH, 2011)
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Bibliografia


AINGER, A. C. (2007). Os Intentos de Deus (nº 316 do Hinário Novo Cântico. São Paulo: Cultura Cristã.
BURNS, B. H. (26 de fevereiro de 1990). O Papel da Igreja em Missões. Acesso em 23 de Outubro de 2011, disponível em Preparo missionário: http://www.preparomissionario.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=48:o-papel-da-igreja-em-misso&catid=34:artigos&Itemid=63
CHAPLIN, R. N. (2005). O novo testamento interpretado: versiculo por versículo. São Paulo: Hagnos.
FILHO, I. G. (06 de Abril de 2011). A pós-modernidade: um defsafio à pregação do evangelho. Acesso em 24 de Outubro de 2011, disponível em Luz para o Caminho: http://www.luz.eti.br/es_aposmodernidadeumdesafio.html
GOREH, E. I. (2007). Comunhão Preciosa (nº 128 do Hinário Novo Cântico). São Paulo: Cultura Cristã.
HORTON, M. (2010). Cristianismo sem Cristo: O evangelho alternativo da Igreja Atual. São Paulo: Cultura Cristã.
HYBELS, B. (s.d.). Ocupado demais para deixar de orar. Acesso em 24 de Outubro de 2011, disponível em SCRIBD: http://pt.scribd.com/doc/6587380/Bill-Hybels-Ocupado-Demais-Para-Deixar-de-Orar
LEONARDO, M. (09 de Março de 2009). A contracultura cristã. Acesso em 24 de Outubro de 2011, disponível em Instituto Antropos: http://instituto.antropos.com.br/v3/index.php?option=com_content&view=article&id=544&catid=38&Itemid=5#
MACARTHUR, J. Com vergonha do evangelho: quando a Igreja se torna como o mundo. São José dos Campos: Fiel.
MISSÕES, Junta Administrativa de. (s.d.). Missões e Finanças. Acesso em 24 de Outubro de 2011, disponível em JAMI: http://www.jami.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=37:missoes-e-financas&catid=28:promova&Itemid=84
PEREIRA, I. L. (16 de Setembro de 2011). A Igreja Brasileira na Pós-modernidade. Acesso em 20 de Outubro de 2011, disponível em Monergismo: http://www.monergismo.com/textos/pos_modernismo/igreja_brasileira_posmodernidade_lobao.htm
PIPER, J. (200). Alegrem-se os Povos. São Paulo: Cultura Cristã.
PORTELA, S. (2007). Resenha: "A igreja discipuladora". Fides Reformata , 141-144.
PRESBITERIANA, Casa Editora. (1991). Confissão de fé de Westminster: Do amor de Deus e das missões. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana.
SMITH, O. (22 de Fevereiro de 2011). Gospel. Acesso em 23 de Outubro de 2011, disponível em Mais que abundante: http://maisqueabundante.com.br/home/?tag=gospel