sábado, 11 de julho de 2015

Para que servem os diáconos?

Muitas pessoas não compreendem bem a importância e a utilização do papel do diácono. Infelizmente, nem os próprios diáconos sabem o porquê de seu chamado e a importância do seu papel. Em nossos dias, a igreja tem criado cada vez mais ofícios e títulos, não defendidos pelas sagradas escrituras e nem difundidos historicamente, mas abrem mão da importância e da existência das funções que foram escolhidas nos dias apostólicos, sob direção direta do Espírito Santos, para o bom andamento e funcionamento da Igreja. Especificamente falando dos diáconos, que comemoraram seu dia no último dia 09/07, vejamos, em rápidas palavras, a função e a importância desses homens, chamados por Cristo e eleitos pela Igreja.
Por causa dessas mesmas invencionices da Igreja moderna, a função diaconal tem sido cada vez mais desprezada pelos homens e sendo incentivado não apenas o exercício, mas a ordenação feminina nessa área, como no presbiterato e pastorado. Por isso, tem sido cada vez mais difícil encontrar homens que cumpram fielmente tal função, fazendo com que, muitas vezes, a Igreja coloque qualquer um que queira exercer essa função, sem observar claramente os preceitos bíblicos para essa escolha. Atos 6.1-7 é o texto que fala sobre como surgiu o ofício diaconal e o critério de escolha dos mesmos. Vejamos o modelo bíblico:
A necessidade (6.1-2,4): A Igreja estava crescendo naqueles dias. Com isso, as necessidades foram ficando cada vez maiores. Como a comunhão era algo natural, também era natural a percepção das necessidades individuais daqueles que iam sendo salvos e aderindo a nova fé. Os apóstolos, ministros do evangelho e pastores de almas, não poderiam se dedicar integralmente ao cuidado das necessidades particulares das pessoas que se chegavam a eles. Era preciso que eles se dedicassem à oração e ao ensino da Palavra. Mas, por entender que as necessidades e dificuldades das pessoas eram importantes, sentiram a necessidade de destacar homens para exercerem tais funções. Os diáconos são auxiliares dos pregadores, cuidando das necessidades do rebanho de Cristo;
Os Critérios (6.3,5): Os diáconos não eram qualquer pessoa. Não poderiam ser eleitos os homens que simplesmente eram “bonzinhos” aos olhos da comunidade da fé ou os prediletos dos apóstolos. A orientação dos apóstolos, quanto à escolha, era que se procurassem características espirituais em tais homens. Deveriam ser homens de testemunho dentro e fora da irmandade da fé; realmente espirituais e cheios do Espírito de Cristo, como os apóstolos, portanto piedosos e sábios. Tais características eram necessárias pois, embora fossem cuidar das necessidades físicas e materiais, deveriam fazê-lo no temor do Senhor e na busca por ajudar a pastorear o rebanho de Cristo. E o povo, atento a tais características, elegeram homens que cumprissem esse requisito;
A autoridade (6.6): Aqueles que foram eleitos naquele dia, eram pessoas que auxiliariam os ministros no cuidado com o rebanho de Cristo. Portanto, era preciso que, como liderança, partilhassem da autoridade dos líderes da Igreja. Eles eram servos do corpo de Cristo, não empregados da Igreja. Para que isso ficasse claro aos irmãos, os apóstolos oraram, impondo-lhes as mãos e conferindo-lhes autoridade sob a Igreja para desempenharem o papel para o qual foram eternamente designados. A partir daquele momento, seriam líderes do Corpo e auxiliares no Corpo de Cristo.
O resultado (6.7): Depois que tais homens começaram a desenvolver suas funções, permitindo que os apóstolos se dedicassem exclusivamente à pregação, a Igreja continuou crescendo sadia em sua teologia e ativa em seu cuidado fraternal. O ministério dos apóstolos tornou-se mais eficaz graças ao auxílio direto de tais irmãos.

Hoje, a igreja inventou muitos ofícios não defendidos pelas Escrituras e despreza a importância dos ofícios defendidos por ela. Isso quando não somos levados a respeitar títulos e não as pessoas que exercem funções eclesiásticas. Mas, em nossos dias, principalmente quando comemoramos o “dia do diácono”, precisamos nos lembrar que eles existem, ainda hoje, como auxiliares no pastoreio do rebanho, cuidando das necessidades dos membros da Igreja; precisam ser piedosos e exemplos de piedade e devoção e são autoridade no povo de Deus, não funcionários da Igreja. Esta santa função vai além de ficar na porta e entregar boletim e servir água. Esta função vai além do domingo. É um santo chamado e, assim como somente os chamados por Cristo podem cumprir cabalmente o ministério pastoral, seja ordenado ou não ao ministério, somente os chamados por Ele podem ser diáconos na plenitude do termo e da função bíblica. Oremos pela Igreja e oremos pelos nossos diáconos, se desejamos o crescimento Bíblico da Igreja, como nos dias apostólicos.