quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Os "Simpsons" e o culto cristão

Um dos desenhos de maior sucesso há alguns anos, tanto nos Estados Unidos como aqui no Brasil e em muitos outros países é o que retrata o cotidiano da família Simpson. No ar há 25 temporadas, faz sucesso com pessoas de todas as idades por demonstrar as aventuras dessa família típica e comum, de classe média dos Estados Unidos. Seu criador, Mathew Groening satiriza de forma peculiar as experiências dos americanos nos enredos dessa família. Mas uma dessas sátiras, dentre tantas outras, saltam-nos à vista, considerando o fato de que retrata a forma como ele, o autor dos desenhos, enxerga a religiosidade dos americanos e exprime de maneira evidente através de seus personagens principais que compõe a família Simpson: Homer J. Simpson, Marge Simpson, Bartholomeu “Bart” Simpson, Lisa Simpson e Mag Simpson.
Dentre tantas coisas que são demonstradas por meio das personagens, quanto à vida religiosa, encontra-se o fato de que nenhum deles leva a vida religiosa a sério e não praticam os preceitos ensinados por meio da bíblia pelo reverendo da igreja de Springfield. Mas em alguns momentos, diante da igreja, se comportam como exímios e autênticos Cristãos que não deixam de cumprir com os ensinos transmitidos. Em alguns casos, o cinismo entre eles é tamanho que eles mesmos se admiram com o comportamento de alguns deles, na igreja, quando diante dos irmãos. Principalmente o comportamento de Homer que, ao longo dos anos, demonstra uma aversão clara a religião.
A grande questão é que este comportamento retratado por Groening não é tipicamente norte-americano, tão pouco está longe de nós. Muitas vezes, assim como os Simpsons, nos apresentamos diante da igreja com comportamentos dignos de ser elogiados e copiados. A questão é que Deus conhece completamente a nossa vida e sabe da inteireza e da sinceridade de nossos corações.
Não é de hoje que o povo de Deus apresenta-se perante Ele de maneira que, externamente falando, poderia até impressionar quem está olhando. Houve momentos na história da igreja em que os serviços públicos oferecidos eram muito mais por uma questão de status, do que por integralidade de coração. J. C. Ryle, falando sobre a religiosidade mecânica e fria na Inglaterra na década de 1870, nos diz:
Vivemos numa época em que há grande quantidade de adoração religiosa pública. A maioria das pessoas – particularmente na Inglaterra – que tem respeito pelas aparências vão a alguma igreja no domingo. Frequentar um lugar de adoração tem se tornado comum. Mas todos sabemos que quantidade sem qualidade tem pouco valor.[1]
Deus, entretanto, conhecendo o coração do Seu povo, sabe dos motivos que nos levam a nos apresentarmos diante dele. Por essa razão, Deus classificou o culto oferecido por Israel, nos dias do Profeta Malaquias, como sendo um culto hipócrita (Ml 1.6-14), envolvido em tantos ritualismos, mas vazios de significados e de conteúdos. Infelizmente, o comportamento de muitos cristão tem sido como os descritos pelos Simpsons. Mas estes, infelizmente, não se apercebem ainda da gravidade que representa oferecer um serviço tão vil ao Senhor, Criador do Universo.
A mensagem proclamada por Malaquias era forte em seus dias, dado a gravidade das acusações feitas pelo próprio Deus ao Seu povo. A mensagem que deve ser proclamada nas igrejas atuais, por meio de Malaquias tem igual peso, por cometerem iguais atos. Assim como nos dias de Malaquias, o povo do Senhor, eleito e amado por Ele, redimido e resgatado pela cruz de Cristo e regenerado por meio da ação do Espírito Santo, deve comparecer perante o tribunal de Deus para reavaliar a qualidade do serviço prestado ao Senhor, bem como para que possam ouvir o que Deus pensa a respeito de Si mesmo e do Seu culto.




[1] RYLE, J. C. ADORAÇÃO: PRIORIDADE, PRINCÍPIOS E PRÁTICA. São José dos Campos: Editora Fiel, 2010. Pp. 7

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