sábado, 15 de novembro de 2014

"Sê tu uma bênção!"

   "Sê tu uma bênção!" (Gn 12.2b) Quando Deus chama Abrão para servi-Lo incondicionalmente e segui-Lo sem saber por onde, Deus lhe faz algumas promessas (Gn 12.1-7). Contudo, nem tudo seria flores para Abrão. Ele tinha parte na aliança que Deus estava firmando com ele e iniciando com sua posteridade.
   Enxergar a obediência de Abrão nesse texto, como a parte da aliança que lhe cabia, não é difícil. A questão é que esta obediência não se resumia apenas em sair da terra e de entre os parentes e seguir a um lugar desconhecido (12.1). Além disso, a expressão final do verso 2 traz consigo uma ordem clara a Abrão e que deveria ser obedecida como as outras.
   Embora tenhamos o costume de interpretar, muitas vezes, essa expressão como um reconhecimento de Deus sobre o papel de Abrão diante de Seus olhos, longe disso, o Senhor dá-lhe uma clara ordem para que ele fosse uma bênção onde quer que fosse, seja com quem fosse. Nâo é uma condicional (Dependendo dos fatores externos/internos ou das pessoas ou circunstâncias) e não é optativo (Não cabia a ele escolher se queria sê-lo ou não). É uma ordem. Abrão deveria ser uma marca viva da presença do grande EU SOU onde ele estivesse e isso fazia parte do que deveria fazer na aliança estipulada pelo próprio Deus. E essa foi a grande marca de Abrão por toda a sua existência e depois que foi recolhido à morte. Sua obediência é marcante para o povo de Deus a partir daquele momento e seu papel como bênção nas mãos de Deus é evidente ao longo de toda a narrativa bíblica.
   Trazendo para as nossas vidas, quando somos chamados por Deus para pertencermos ao Seu povo e para lhe serguirmos, cabe a nós uma vida de total e irrestrita obediência, deixando para traz tudo o que pode nos impedir de avançar rumo ao alvo que é Jesus (Fp 3.12-14). Mas, como parte dessa obediência, temos o dever de sermos o sinal da presença de Deus onde estamos. Temos o dever de sermos uma bênção na vida das pessoas que estão ao nosso redor. De igual modo que Abrão, não é condicional para nós e tão pouco é optativo. É uma clara ordem para o crente ser uma bênção onde estiver. Sempre delegamos tal função aos líderes e à igreja ou aos nossos momentos nela. A questão é que onde eu estou, ai está a Igreja de Cristo, ali está - ou pelo menos deveria estar - o próprio Deus.
   A pergunta que devemos nos fazer é: Será que eu tenho sido uma bênção nas maos do Senhor e na vida dos meus próximos (crentes ou não)? Por onde eu passo, sou um sinal Evidente da presença e da graça de Deus, ou estou longe disso? Paulo, escrevendo aos Coríntios, afirma categoricamente que aquela igreja era a carta de Cristo para o mundo e nós, igreja do Senhor, também o somos (2Co 3.3). Precisamos iluminar este mundo com a luz de Cristo. Precisamos ser uma bênção de Deus neste mundo. Que assim o sejamos, como Abrão o foi, para a glória do SENHOR.

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