quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Natanael - O apóstolo sincero

INTRODUÇÃO (Texto Base: Jo 1.49)[1] [2]
Natanael, nome hebraico que significa “Deus deu”, também chamado na lista dos doze apóstolos como “Bartolomeu”, cujo significado é “filho de Tolmai” ou “Filho de Tomeu”, é um dos doze discípulos escolhidos por Jesus. Porém, encontramos poucas informações sobre ele, além da menção nas listas discipulares. Cada um dos evangelhos sinóticos[3] e o livro de Atos o menciona uma única vez, excetuando-se João, que o apresenta em duas ocasiões diferentes e isso é tudo o que sabemos a seu respeito.
João nos diz que Natanael era conhecido de Filipe. Seja por questões comerciais, sociais ou religiosas, eles já se conheciam suficientemente bem para que Filipe fosse até ele para avisar de que já havia conhecido o Senhor, o Messias, aquele de quem Moisés e os profetas falaram.
As duas únicas menções, fora a lista dos doze, feitas a respeito de Natanael estão em Jo 1.43-51 (seu chamado) e em Jo 21.1-14 (quando, a semelhança de Pedro, este decide voltar a pescar depois da ressurreição de Jesus). Com base nestes textos, sabemos que Natanael era da região de Caná, da Galiléia, vila próxima de Nazaré, onde Jesus efetuara seu primeiro milagre (Jo 2.1-11), três dias depois deles terem ido segui-lo.
Como mencionado no texto anterior, Filipe foi quem levou Natanael à presença de Jesus dizendo ser este o Messias. Isso demonstra a intensidade da amizade deles. Por esta causa, os seus nomes aparecem listados em sequência em todos os relatos da lista de discípulos de Cristo. De acordo com MacArthur, as tradições mais antigas da história da Igreja dão conta de que eles eram amigos inseparáveis seja antes, durante ou depois da efetivação histórica do ministério de Jesus[4].
Apesar dos poucos registros a respeito de Natanael, tanto o registro de seu chamado, como o registro de sua decisão por ir pescar após a ressurreição de Jesus, nos dão muitas informações sobre sua personalidade. E é com base nessas informações que estudaremos esse apóstolo.
1 – SEU AMOR PELAS ESCRITURAS
Quando Filipe se dirige a Natanael e lhe fala sobre Jesus, percebemos o apreço especial que tais homens nutriam pelo evangelho. Não podemos nos esquecer que a Bíblia, como a temos hoje, ainda estava em formação. Portanto, o referencial bíblico que tais homens possuíam era o AT em todas as suas páginas. É evidente que Cristo está presente, seja por promessas, seja por simbolismo, em todas às páginas do AT[5], e isso era de conhecimento deles que estudavam o Antigo Testamento. Provavelmente este tenha sido o motivo pelo qual se dirigiram ao deserto, quando Jesus chamou Filipe. Estavam lá para aprenderem aos pés de João Batista quando este clamava no deserto falando sobre o Messias.
Interessantemente, as palavras de Filipe a Natanael foram bem diferentes dos pregadores modernos. Ele não disse ter encontrado alguém que poderia mudar sua vida e seu status social. Ele não disse ter encontrado alguém que iria pôr fim aos problemas pessoais de Bartolomeu. Tudo o que lhe foi dito, e que lhe tocou profundamente o coração, foi: “achamos o Cristo. Ele é Jesus, nazareno, filho de José”. Bastou lhe dizer que aquele homem de quem Filipe falava era, na verdade, o cumprimento das profecias para que este, ao final desse episódio, reconhecesse: “és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” (Jo 1.49).
O coração de Natanael já estava preparado. Seus olhos já estavam procurando. Seus ouvidos estavam ouvindo a voz de Deus ecoando pelas Escrituras. Não havia mais a menor possibilidade dele enganar-se. Ao contrário, ao ouvir as palavras de Jesus e verdadeiramente reconhecer o mesmo que Filipe havia lhe dito, seu coração é inundado pela certeza de que aquele por quem ansiava, a consolação de Israel, o salvador do povo de seus pecados, estava diante de seus olhos. Seu amor e apego o fizeram ver o que ainda muitos não viam e não testemunhavam.
2 – SEU PRECONCEITO
Há um intervalo entre o que Filipe diz a Natanael sobre a pessoa de Jesus e o reconhecimento dele sobre o testemunho de Filipe. Esse intervalo consiste nas palavras dele, perguntando: de Nazaré pode sair alguma coisa boa? Interessantemente, Natanael não estava equivocado quanto a desconfiar que não poderia ser de Nazaré que viesse o Messias, haja visto que o profeta Miqueias diz que o salvador vem de Belém da Judéia[6] (Mq 5.2). Mas suas palavras vieram embebidas em preconceito social contra a vila de Nazaré.
A Galiléia, de forma alguma, era uma região nobre. Por essa razão os fariseus questionavam-se sempre sobre a posição que os discípulos delegavam a Jesus. Era inadmissível que o “rei dos judeus” viesse de um lugar tão pobre e sem honra quanto este. Na região da Galiléia, ficava Nazaré. Nazaré era uma vila simples e cortês, cuja localização era privilegiada pelas estradas que cruzavam-na. As rotas norte e sul passavam por dentro da cidade de modo que os viajantes dessa estrada eram obrigados a passar por dentro de Nazaré. Era o único privilégio que esta vila tinha. Já Caná, era ainda mais simples e desprezível. Não havia nada nela de importância. Sua localização era fora de qualquer local importante, de modo que só iam à Caná quem de fato estivesse 1) perdido ou 2) indo mesmo para lá. Natanael era de Caná e, motivado por rixas sociais, olhou com desdém para a informação dada por Filipe.
O preconceito era um problema grave naqueles dias. Não apenas Natanael num brevíssimo momento, mas muitos dos judeus da época recusaram a reconhecer Jesus como quem era pelo local de sua vivência. Afora isso, Jesus era “filho” dum carpinteiro. Por este motivo, Jesus fora zombado certa vez (Lc 4.22). O preconceito social e religioso impediu que as pessoas vissem e ouvissem a Jesus, filho de Deus.
Gloriosamente, Deus escolhe as coisas mais fracas e loucas para manifestar a sua glória. Escolheu Belém para o nascimento de Jesus, Nazaré para ser seu local de crescimento, José para dar-lhe um “nome”, e Natanael para ser seu discípulo. Aqui vemos como Deus é gracioso e grandioso e não escolhe pessoas por suas aptidões naturais ou rapidez e agilidade para a fé. Deus escolhe as pessoas simples para servi-Lo para que “a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2Co 4.6).
Natanael, apesar de sua fala preconceituosa, não agiu movido por ele. Quando Filipe lhe diz “vem e vê”, ele não recusa ir comprovar se de fato suas palavras eram verdadeiras. Ele simplesmente vai para ver. Uma das formas de nos livrarmos do preconceito, que também é pecado, é com os fatos e suas comprovações. Foi o que Bartolomeu, fez!
3 – SUA SINCERIDADE DE CORAÇÃO
Quem não gosta de elogios? Todo ser humano, por mais que não saiba lidar com eles, sente-se honrado em receber elogios. Imagine recebe-los de Jesus. Como seria? Pois bem, foi o que aconteceu com Natanael.
Jesus já conhecia Natanael. Suas palavras deixam isso muito claro quando ele responde a Natanael dizendo que ele era um “verdadeiro israelita, em quem não há dolo” (Jo 1.47). Evidentemente que Jesus não se refere à natureza humana, apenas, dele. Afinal de contas, acabamos de ver sua fala preconceituosa. Mas o Senhor refere-se ao coração de Bartolomeu. Sua busca pelo Senhor era sincera. Seu anseio por ver e conhecer o Messias eram igualmente sinceros. Não havia nada nesse desejo de Natanael que não fosse verdadeiro.
O verso 25 do capítulo 2 de João declara que Ele “não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana”. Jesus estava declarando seu conhecimento prévio não apenas dos pensamentos de Natanael naquele instante, mas estava declarando a verdade sobre a sinceridade e integridade do coração dele. Ele não estava lá apenas para acompanhar a multidão. O fato de ter seguido Filipe até Jesus também não foi apenas para ver se o amigo estava falando a verdade. O que Jesus estava atestando era exatamente aquilo que Ele expressa à mulher samaritana sobre o Pai procurar adoradores que o adorem em Espírito e em Verdade. Natanael era um exímio exemplo dessa gloriosa verdade. O contrário disso seria falso, mentiroso, hipócrita.
A hipocrisia era um caso sério em Israel. Os líderes religiosos não apenas a vivenciavam como também ensinavam que assim fosse. Jesus condenou incisivamente esta prática. Desde os tempos do AT isso era real em Israel que, de tempos em tempos, apresentava-se assim diante do Senhor (Is 1.10-20; Ml 1.6-14). A fé promovida em Israel nos dias de Jesus era meramente religiosidade para poder “barganhar” com Deus algum favor ou a entrada em “Canaã”. Mas Natanael era diferente. Seu coração era diferente nesses aspectos. Ele estava pronto para adorar ao Senhor e se entregar ao Messias quando o visse. Ele realmente estava à espera, clamando Maranata!
A resposta fervorosa de Natanael foi apenas depois de Jesus reconhecer seu coração e a sinceridade deste. A palavra que Jesus emprega para falar da sinceridade desse discípulo aqui é alethos que significa “autêntico, genuíno” era essa disposição que Jesus buscava nos seus e que era esperado em Israel. Mas os israelitas estavam, como nos dias de Isaias, honrando com lábios, mas distantes no coração (Is 29.13; Mt 15.8). Esse discípulo foi achado diferente. Seus lábios honraram à Jesus, mas o fizeram desde o início, ao conhece-Lo e ser chamado por Jesus. Seu reconhecimento não foi tardio, não foi forçado, não foi constrangido. Seu reconhecimento sobre Jesus foi sincero, natural e verdadeiro. Por isso, o Mestre, fez tais e tais declarações.
4 – SUA FÉ DESEJOSA
A fé de Natanael era algo surpreendente. Ele era havido pelo conhecimento e desejava ardentemente conhecer a Deus e vê-lo face a face, como dantes o homem podia, na viração do dia[7], lá no Éden (Gn 3.8). Jesus conhecia este aspecto do coração sincero de Natanael.
João nos fala que, quando este Bartolomeu pergunta para Jesus de onde o Senhor o conhecia para dar tal testemunho de sua fé, Jesus lhe responde que o vira embaixo da figueira, antes mesmo de Filipe ir chama-lo. O que isso nos diz? As casas na Palestina, naquele tempo, eram pequenas e formadas por apenas um cômodo, como ainda hoje acontece em cidades pobres de países africanos. Como só havia este cômodo, os fornos para cozinhar ficavam acesos o dia todo, sendo difícil ficar em casa, seja pelo calor, seja pela fumaça. Por isso, era costumeiro plantar figueiras próximo às casas, pois estas davam sombras, frescor, arejavam as casas e não eram muito altas. Elas crescem até ficar com cerca de 4,5 metros e seus galhos, que são baixos, se estendem por até 9 metros de uma ponta à outra[8]. Por esse motivo, era costume que as pessoas se assentassem sob a figueira para repousarem ou mesmo para estudarem as Escrituras. Quando Jesus afirma para Natanael que o viu debaixo da figueira, ele não estava dizendo que o viu, porque Jesus passou fisicamente por ali. Jesus afirma que conhecia sua fé, sua devoção e a intensão do coração dele, pois seu Espírito o viu ali, debaixo da figueira, buscando o conhecimento do e no Senhor.
O conhecimento que Natanael possuía era baseado no AT. Ele conhecia profundamente as profecias a respeito do Messias. Jesus sabia do conhecimento que ele possuía, por isso, fez referência aos momentos de estudo que o discípulo aproveitava. Quando ouviu as palavras de Jesus, ele exultou e glorificou a Deus em Cristo, pois agora, seus olhos que antes apenas contemplavam as profecias, viram o cumprimento destas. Nesse sentido, assemelhou-se à Simeão que, quando viu o menino em seus braços, glorificou a Deus por reconhecer Nele a pessoa do Ungido de Deus, prometido nos tempos antigos.
Jesus lhe diz que ele veria coisas maiores ainda (Jo 1.50-51). Tudo o que Natanael viu era uma pequena mostra da onisciência, onipotência e onipresença do Deus Todo-Poderoso, em Jesus (Sl 139). Só que Natanael viria muito mais. Interessantemente Jesus faz uma referência a um episódio bem conhecido no AT, quando menciona a escada e anjos subindo e descendo. Ele cita a história de Jacó tendo esta mesma preciosa visão (Gn 28.12). Se Natanael seguisse a Jesus, ele iria contemplar a mesma visão que Jacó. Jesus aplica essa história a Ele mesmo. Em Jo 14.6, Jesus afirma ser o caminho até Deus e, portanto, até o céu. Ele é a escada que estava ligando céu e terra, realizando a vontade Trinitariana em ambas, como bem nos estimula a pedir ao Pai para fazer, na oração Dominical (Mt 6.9-13). Jesus sabia que a fé de Natanael que o deixou desejoso por ver e conhecer o Messias iria, agora, torna-lo desejoso por ver e presenciar essa lindíssima visão.
5 – SUA MORTE
Não há registros confiáveis quanto à forma de sua morte. O que se sabe, com exatidão, é que ele levou o evangelho na Pérsia, na Índia, chegando até a Armênia. Alguns sugerem que sua morte se Deu por esfolamento, outros que ele foi amarrado num saco e  jogado ao mar.
Independente da forma como ele morrera, uma coisa é fato: ele foi fiel até a morte. Ele “foi fiel até o fim, porque foi fiel desde o início[9]”.
CONCLUSÃO
Natanael era um homem que, definitivamente, era fiel e fervoroso em suas práticas diárias, antes do conhecimento de Cristo. A hipocrisia não lhe pertencia. Ele era intenso e verdadeiro em tudo e foi um grande instrumento nas mãos do Senhor, muito embora pouco saibamos dele nos evangelhos e em Atos.
Natanael é a uma das provas de que Deus não leva em conta a nossa procedência, ou nossas habilidades intelectuais para nos chamar. Ele foi a prova de que Deus escolhe pessoas comuns, de lugares insignificantes[10], e torna-as grandiosos instrumentos para a Sua glória. Pois foi assim que Ele fez com Natanael, de Caná, na Galiléia.
APLICAÇÃO
Que profunda lição! Natanael nos ensina que Deus não vê como o homem, que olha apenas as aparências, mas Ele olha o coração (1Sm 16.7). Ore a Deus pedindo que lhe dê sinceridade de coração em servi-Lo. Não seja hipócrita aos olhos de Deus. Não há quem possa enganá-Lo.
Medite nas Escrituras. Natanael reconheceu a Cristo, pois conhecia as Escrituras e seus olhos estavam abertos para ver o que Deus estava disposto a fazer e a mostrar. Muitas pessoas em nossos dias afirmam que não ouvem Deus falar. Ou pior, ouvem qualquer coisa dizendo ser a voz de Deus. E isso se dá pela falta de apreciação e conhecimento das Escrituras. Conheça a Cristo intimamente.
Abandone seus preconceitos! Muitas vezes, como cristãos, deixamos nossa velha natureza falar mais alto e agimos de forma preconceituosa contra aquilo que não gostamos. Embora devemos ser cautelosos e zelosos, nenhuma dessas qualidades pode se tornar um defeito pecaminoso. Seja como for, abandone os preconceitos. Isso será natural à medida em que conhecermos e vivermos à Palavra do Senhor.
Seja sincero diante de Deus! Deus conhece quem somos e como pensamos. Como dito, ele vê o coração e os pensamentos do mesmo. Existe uma tendência a mascarar as coisas, em nós. Temos a tendência de parecer sem ser. Seja autêntico! Se o Senhor fosse falar algo a seu respeito nesse instante, o que é que Ele diria e que testemunho, a seu respeito, Ele daria? Pense nisso! Almeje, assim como o poeta, a “Perfeição[11]” em seus atos, consciente de que, nessa vida, jamais alcançará, mas que podes desenvolvê-la ao longo dessa peregrinação.

1 Mais pureza dá-me, mais horror ao mal,
Mais calma em pesares, mais alto ideal;
Mais fé no meu Mestre, mais consagração,
Mais gozo em servi-lo, mais grata oração.

2 Mais prudência dá-me, mais paz, meu Senhor,
Mais firmeza em Cristo, mais força na dor;
Mais reto me torna, mais triste ao pecar,
Mais humilde filho, mais pronto em te amar.

3 Mais confiança dá-me, mais força em Jesus,
Mais do seu domínio, Mais da sua luz;
Mais rica esperança, mais obras aqui,
Mais ânsias da Glória, Mais vida em ti. Amém.
(Ph. P. Bliss – A.F. de Campos)



[1] Baseado no Livro MACARTHUR, John. Doze homens comuns. A experiência das primeiras pessoas chamadas por Cristo para o discipulado. São Paulo: Editora Cultura Cristã. 2011, 2ª Ed.
[2] Leituras complementares: D – Sl 101 A sinceridade diante de Deus e dos homens; S – Sl 119.97-104 Apreço pelas Escrituras; T – Sl 19.7-11 Apreço pelas Escrituras 2; Q – Tg 1.16-27 Deus nos dirige pela Sua Palavra; Q – 2Tm 2.11-13 Esperança em dias difíceis; S –Mt 25.14-30 Seja fiel naquilo que o Senhor lhe concede!; S – Ap 2.9-11 Seja fiel até o fim!.
[3] Para informações sobre os evangelhos sinóticos, consultar: CARSON, D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Editora Vida Nova. 1997, Pp 19-68.
[4] MACARTHUR, John. Doze homens comuns. A experiência das primeiras pessoas chamadas por Cristo para o discipulado. São Paulo: Editora Cultura Cristã. 2011, 2ª Ed. Pp 133-134.
[5] GREIDANUS, Sidney. Pregando Cristo a partir do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Cultura Cristã. 2006.
[6] Por isso Deus conduziu a história para que o nazareno José tivesse de ir, com Maria grávida, até esta cidade para licenciar-se lá se dá o nascimento de Jesus, cumprindo a promessa.
[7] Levemos em consideração o fato de Jesus declarar que ninguém jamais viu a Deus, o Pai. Essa foi a resposta Dele a Felipe quando este pediu para que o Pai fosse mostrado (Jo 14.1-15). Entretanto, vemos ao Pai quando vemos o Filho. Na viração do dia, antes da queda, Adão falava com a Segunda Pessoa da Trindade, possivelmente naquilo que a teologia chama de “Teofania”. Estas nada mais são do que manifestações visíveis do ser da Segunda Pessoa da Trindade antes da efetiva encarnação (Jo 1.1-14). Aqui nesse texto, entendemos que ver “face a face” do qual retratamos é nos mesmos moldes do homem antes da queda, visualizando a mesma Pessoa.
[8] MACARTHUR, John. Doze homens comuns. A experiência das primeiras pessoas chamadas por Cristo para o discipulado. São Paulo: Editora Cultura Cristã. 2011, 2ª Ed. Pp 141.
[9] Ibid. Pp 143.
[10] Ibid.
[11] Nº 121 do Hinário Novo Cântico.

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